Uma enfermeira que trabalhou no asilo prestou depoimento ontem e contou que mais duas idosas eram agredidas.
O crime de tortura contra uma idosa, ocorrido no Asilo Santa Isabel, em Laguna, ganhou novos desdobramentos ontem após o depoimento de uma enfermeira que trabalhou na instituição no período de um ano. O caso veio à tona nesta quarta-feira quando a Polícia Civil esteve no asilo para investigar o crime praticado por uma freira que atuou no local, denunciado pelo Ministério Público.
A investigação é de responsabilidade do delegado Flávio Costa Gorla. A enfermeira contou ao delegado que três idosas lhe relatavam as agressões sofridas. Conforme ela, as mulheres apanhavam de chineladas e toalhas molhadas quando faziam suas necessidades fisiológicas na fralda, ou quando se negavam a tomar banho e dormir.
As três possuem idades entre 68 e 72 anos. Além das agressões físicas, as idosas também eram vítimas de tortura psicológica. Uma delas tinha dificuldade para caminhar e a freira lhe mandava andar.
As investigações prosseguem para reunir mais depoimentos e indícios do crime. Conforme o site Notisul, o inquérito deve ser concluído até o fim deste mês. As idosas prestaram seus depoimentos – todos semelhantes.
A freira será ouvida por Gorla na próxima segunda-feira, acompanhada de um advogado. Conforme ele, o asilo existe há mais de 70 anos na cidade e este é o primeiro registro policial no lugar. São 37 idosos que moram na instituição, onde trabalham 24 funcionários. A freira foi transferida para outro asilo, em Nova Veneza, no mês passado. Os casos de tortura ocorreram entre setembro último e janeiro deste ano.