Talvez um dos nomes mais conhecidos mundo afora seja o da heroína Joana d’Arc. Esta mulher realmente veio ao mundo para deixar sua marca registrada na história da França e um legado inspirador. Joana nasceu aproximadamente em 06 de janeiro de 1412, em Domrémy, um pequeno vilarejo na França, sendo filha do casal Jacques d’Arc e Isabelle Romée. Desde pequena, ela ouvia vozes em sua mente que diziam que sua missão seria libertar a França, que naquela época enfrentava a Guerra dos Cem Anos e tinha parte de seus territórios sob domínio da Inglaterra. Segundo a história, aos 13 anos de idade ela começou a se comunicar com São Miguel Arcanjo e as santas Catarina de Alexandria e Margarida de Antioquia.
Logo após a morte do então rei francês Carlos VI e a coroação de Henrique VI da Inglaterra para governar o país, a França foi dividida em duas partes: os Borguinhões, que apoiavam os ingleses, e aqueles que lutavam e reconheciam Carlos VII como legítimo rei francês. Nesse contexto, Joana começou a receber mensagens que a ordenavam a entrar para o exército francês e coroar Carlos VII como novo rei. Obedecendo às mensagens, Joana, aos 16 anos, entrou para o exército e passou quase um ano lutando contra os Borguinhões até chegar na cidade de Chinon, onde Carlos VII vivia.
Carlos, ao ouvir falar dela e saber que era uma grande guerreira que recebia mensagens divinas, a convidou para entrar em seu castelo e testar se suas visões eram realmente verdadeiras. O monarca pediu para que ninguém no castelo revelasse sua identidade e que seus nobres se vestissem com vestimentas reais e se apresentassem diante dela como rei. Joana, ao chegar perante eles, não reverenciou nenhum, porém, ao ver Carlos VII, se curvou diante dele e disse que ele era o verdadeiro rei da França. Impressionado e satisfeito, Carlos a nomeou comandante de seu exército, com uma tropa contendo mais de 4 mil soldados.
Apenas três dias após a nomeação, Joana, juntamente com seu exército, libertou a cidade de Orléans e conduziu Carlos VII para ser finalmente declarado rei em 17 de julho de 1429. Em 1430, Joana ainda conduziu muitas batalhas com sucesso, porém, infelizmente, na batalha de Compiègne, foi capturada e vendida aos aliados dos ingleses. Presa, foi interrogada muitas vezes em decorrência das mensagens que relatava ouvir e pelo seu jeito de se vestir, parecendo um soldado masculino. Foi declarada culpada de heresia e sua sentença foi a morte na fogueira, sendo dolorosamente queimada viva aos 19 anos de idade, no dia 30 de maio de 1431, na cidade de Rouen, no noroeste da França.
O monarca Carlos VII, porém, não interveio em nenhum momento para salvá-la da morte, pois temia que sua imagem fosse denegrida ao se envolver no processo de julgamento de uma mulher condenada por bruxaria. Entretanto, depois da morte dela, ele recorreu ao papa Calisto III para que o processo de condenação fosse anulado e Joana fosse absolvida.
Depois de quase 500 anos de sua morte, a Igreja Católica, conseguindo novamente a ligação com a França, reconheceu os feitos de Joana. Ela foi beatificada pelo papa Pio X no ano de 1909 e canonizada onze anos depois, em 1920, pelo papa Bento XV. Alguns relatos contam que, durante sua morte dramática na fogueira, ela gritava e clamava constantemente pelo nome de Jesus Cristo. Atualmente, Joana d’Arc é a padroeira da França, sendo celebrada anualmente no dia 30 de maio, e continua sendo uma figura memorável na história do país.
Fontes consultadas:
BEZERRA, Juliana. Joana D’Arc. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/joana-d-arc/. Acesso em 26 nov. 2024
SILVA, Daniel Neves. “Joana d’Arc”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historia/joana-d-arc.htm. Acesso em 26 de novembro de 2024.