Em dois anos, foram coletados 27 animais dessa espécie.
As altas temperaturas desta época do ano fazem com que animais peçonhentos fiquem mais ativos, aumentando as chances de acidentes. Uma das preocupações é com o escorpião amarelo, cuja ferroada pode levar à morte. Em Criciúma, no Sul, a Vigilância Epidemiológica monitora pontos da cidade há dois anos. No período, coletou 27 animais dessa espécie e recebeu outros 17 relatos de moradores que dizem ter visto o bicho.
Todos os escorpiões foram encontrados num prédio que fica numa rua no bairro Milanese. O foco já existe há dois anos. Os escorpiões amarelos gostam de locais quentes e úmidos, e ficam principalmente onde encontram alimentos, que no caso são as baratas.
A agente de endemias Louise Romansini conta que muitos moradores querem fazer a dedetização, justamente pra acabar com a oferta de comida. Mas o efeito pode ser o contrário.
“Vai acabar com a oferta de alimento dele, ele vai sair de onde está para procurar alimento, onde de acaba adentrando nas residências, né. E ele acaba se sentindo muito irritado, então ele também vai sair. Então vai acontecer a dispersão desse foco”, explicou.
A única forma de evitar os escorpiões é acabar com os possíveis focos, disse a profissional.
“Há dois anos a gente não tinha encontrado o foco ainda e há três semanas a gente encontrou o ninho dos escorpiões, onde a gente está trabalhando mais agora, que é um local de difícil acesso, é na fundação do prédio. E a gente está junto da Vigilância Sanitária, Epidemiológica, o setor de Obras da prefeitura. Os próprios moradores estão auxiliando bastante nisso. Estamos fazendo o telamento da parte de baixo, instalando armadilhas para conter os escorpiões ali embaixo mesmo”, falou Louise.
Não há, até o momento, registros de acidentes com os escorpiões. Mesmo assim, os cuidados são necessários. “Se puder matar com o auxílio de alguma ferramenta, né. Não encostar em hipótese nenhuma, capturar eles para fazer a identificação, se é essa espécie mesmo que é tão perigosa e encaminhar para a gente”, orientou Louise.
Com informações do site G1/SC