O sindicato patronal alegou que não houve a comunicação da paralisação com 72 horas de antecedência no pedido de liminar
Uma determinação judicial impediu que enfermeiros fizessem a paralisação de 24 horas que estava programada para iniciar nesta quarta-feira, 21, em Criciúma, como protesto em defesa do piso nacional. A liminar foi obtida pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde da Região Sul, o chamado sindicato patronal, que justificou não haver comunicação da paralisação com 72 horas de antecedência. O descumprimento do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Criciúma e Região (Sindisaúde) geraria uma multa diária de R$ 20 mil.
Apesar da negativa, dezenas de profissionais se reuniram na Praça Nereu Ramos, em Criciúma como forma de protesto. De acordo com o presidente do Sindisaúde, Cleber Cândido, a determinação judicial foi cumprida e os profissionais estavam saindo de seus plantões. “Fomos surpreendidos com essa liminar porque tínhamos conversado com o sindicato patronal. Mesmo assim vamos discutir isso na justiça e esperamos que ninguém tenha seu dia descontado”, destacou o presidente.
Sobre o protesto, Cândido lembrou que “a manifestação repudia a suspensão do pagamento do piso dos profissionais da Enfermagem e visa pressionar o Congresso Nacional e o Governo Federal, para definirem imediatamente as fontes de custeio do piso salarial”.
Após o protesto, os trabalhadores seguiram em passeata até o Hospital São José.
Por Redação Sul In Foco