Menino Noah Rafael recebeu homenagem do curso. 'Ele aguentou as duas horas de cerimônia, bateu palma', orgulha-se a mãe.
Noah Rafael tem um ano e um mês, mas já recebeu um diploma de conclusão de curso. Ele foi o menino que acompanhou, desde os 35 dias de vida, os pais no curso técnico de logística em Tubarão.
O pequeno recebeu o diploma durante a cerimônia de formatura, onde ele participou de beca, junto com os pais.
“Foi muito fofo, muito querido. Ele aguentou as duas horas de cerimônia, bateu palma”, orgulhou-se a mãe, Tamara Pereira Albuquerque. A solenidade ocorreu na sexta-feira (1º). A turma de formandos, inclusive, tem o nome do menino. Ele foi chamado ao palco junto com os pais, onde ele recebeu o capelo e o canudo com o diploma.
No papel, está escrito que “Noah Rafael concluiu o curso técnico em logística com os seus papais”.
“Mesmo com a imunidade baixa, um dentinho nascendo, Noah Rafael se comportou como um verdadeiro formando, aguentou duas horas de cerimônia, e aproveitou cada momento como se soubesse o que estava fazendo ali. Vibrou, sorriu e bateu palmas com todos nós”, elogiou a mãe.
Noah virou o xodó de colegas e professores dos pais. Mais velho, agora o menino já está muito mais ativo, contou Tamara. “O Noah está aprendendo muitas coisas, imita tudo que fizemos, sons e gestos, muito fofo. Já joga futebol. Ele ganhou uma bolinha pequena e chuta, ele se rodeia, é bem ativo e persistente no que quer!”, relatou a mãe-coruja.
Assista ao vídeo da formatura:
Bebê na sala de aula
Tamara contou que os colegas de sala foram receptivos com Noah.
“Acredito que no início ficaram surpresos de ter um bebê tão pequeno em sala. Mas nos acolheram muito bem, ao longo do curso criaram vínculo, gostam muito dele”, resumiu.
Os pais estudaram no curso por dois semestres. Formada em marketing digital, Tamara contou que sentia necessidade de ela e o marido entenderem melhor da área, já que abriram um negócio de serviço de entrega quando passaram a morar em Jaguaruna, a cerca de 20 quilômetros de Tubarão, cidade onde estudaram.
Durante as aulas, houve desafios. Segundo Tamara, o mais difícil foi superar o cansaço físico e mental.
“O segundo semestre sofri um pouco mais, tive umas duas crises de ansiedade. Sentei no chão, no corredor do IFSC, exausta. Porém, o pessoal me incentivava e me dava forças. Em nenhum momento me julgaram, ou diziam para eu desistir. Sempre recebi apoio!”, contou.
Quando as inscrições para o curso abriram no IFSC, ela estava no oitavo mês de gestação. Além de Noah, o casal também tem outras duas filhas, de 9 e 14 anos.