Classe defende que as mudanças fazem com que trabalhadores percam direitos já conquistados.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Orleans, José Carrer Neto, utilizou a tribuna da Câmara de Vereadores, nessa segunda-feira (20), para se posicionar contra Proposta de Emenda Constitucional 287/2016, que promove ampla reforma na Previdência Social.
Um intenso movimento tem sido realizado na região. Eles defendem que as mudanças fazem com que eles percam os direitos trabalhistas já conquistados. “Pedimos, aos vereadores, são nossos representantes, que interfiram junto aos deputados e peçam que se tire o trabalhador rural da PEC para podermos fazer novas negociações. Entendemos que esta proposta está nos penalizando muito”, solicitou.
Na ocasião, ele falou sobre as principais modificações. “As mulheres tinham o direito à aposentadoria aos 55 anos e os homens aos 60 anos, com auxílio maternidade, auxílio doença e auxílio acidente, com contribuição mínima de 2,3% da arrecadação da agricultura. Hoje, a proposta do atual Governo coloca a aposentadoria para homens e mulheres aos 65 anos. Entendemos que a mulher será a mais penalizada. Antes, contribuição era de 15 anos com bloco de notas ou, até mesmo, Previdência Social, e passa para 25 anos. Ainda, fala-se em passar a contribuir individualmente em torno de 5% do salário mínimo, além de 2,3% da produção agrícola”, citou.
O presidente destacou também o trabalho árduo por eles realizado. “Os agricultores trabalham muito mais que 8 horas diárias. Isso resulta em 60, 70 e até 100 horas semanais, além de sábado e domingo”, citou.
Paulo Canever (PSD), Hildegart Thessmann Durigon (PSDB), Osvaldo Cruzetta (PP), o Vá, Antônio Dias André (PMDB), o Geada, Udir Luiza Pavei (PSD), o Dija, Pedro João Orben (PMDB) e Lucas Librelato (PSDB) se pronunciaram a favor dos trabalhadores rurais. Os vereadores se comprometeram a unir forças e intermediar, junto a deputados estaduais e federais, para que a proposta seja reavaliada. Além disso, todos assinarão uma Moção de Apoio.