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Vereadores abrem processo de cassação contra prefeito de Urubici

De acordo com a Câmara, o prefeito teria pago despesas em eventos à empresa pertencente ao filho dele.

Foto: Divulgação

A Câmara de Vereadores de Urubici, na Serra Catarinense, abriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o prefeito do município, Antônio Zilli (PSDB). O processo de impeachment foi aprovado por 6 votos a 3, dos 9 vereadores locais, durante sessão legislativa desta semana. Zilli é suspeito de ter cometido irregularidades administrativas. Ele nega as denúncias.

A comissão foi criada a partir da conclusão de outra (CPI), que apurou supostas irregularidades cometidas pelo prefeito na Secretaria de Turismo. Foi instaurada com base no Decreto Lei 201/1967, que trata sobre os crimes político-administrativos envolvendo gestores públicos. As denúncias também foram encaminhadas ao Ministério Público.

De acordo com o presidente da comissão, vereador Guilherme Oberlaender (PPS), durante a apuração da CPI, foi contatado que o prefeito pagou despesas em eventos à empresa pertencente ao filho dele. A manobra foi realizada sem o aval da Secretaria de Turismo e do Conselho Municipal da pasta, e teria possibilitado pagamento de cerca de R$ 100 mil, de maneira indevida.

Guilherme pontua que, por diversas vezes, foram solicitadas informações à prefeitura, mas nenhuma foi fornecida. Nem o prefeito compareceu à Câmara para prestar esclarecimentos durante a primeira CPI. No entendimento do parlamentar, faltou transparência nos atos do prefeito.

O processo de impeachment tem prazo de 90 dias para ser concluído e, durante este período, o prefeito terá a oportunidade de se defender. Ao final da investigação, a comissão apresentará relatório que emitirá o parecer pelo arquivamento ou prosseguimento da denúncia. Caso a comissão decida pelo impedimento do prefeito, o julgamento será feito em plenário.

Além do vereador Guilherme, fazem parte da comissão os vereadores José Luís Andrade (MDB), Lucas Warmling (PSDB), Gilberto Morgan (PSDB) e Ivair Niehues (PR).

O que diz a prefeitura

Prefeito acusado Antônio Zilli (PSDB) Foto: Divulgação

A prefeitura de Urubici se manifestou por meio de nota de sua assessoria de imprensa, negou qualquer irregularidade e declarou que “tudo será esclarecido de forma transparente”.

Afirmou, ainda, “ter total confiança nos poderes constituídos e não se tornará refém de manobras políticas que visam a atacar a pessoalidade do prefeito, por forças que tentam usar a comunidade como massa de manobra para fins de promoção política, incitando o caos na atual administração”.

Disse lamentar que “estas mesmas forças ocultas não estão medindo as consequências do desgaste à imagem de Urubici”. E afirmou ainda que “tais ataques denotam claramente paixões pessoais e a ganância pelo poder”.

A nota terminou observando que “o tempo e a Justiça irão relatar de forma justa e perfeita todos os fatos, e a verdade prevalecerá acima de tudo”

Com informações do Correio Lageano

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