Custo mensal para manter uma UTI móvel, é de aproximadamente R$ 100 mil reais.
O tempo de resposta do SAMU de Criciúma, que leva em média 40 minutos, para deslocar uma ambulância UTI Móvel até Lauro Müller quando o serviço é necessário, levou o vereador Antonio Nunes (PSDB) apresentar na sessão da Câmara na última segunda-feira (27), indicação para que a prefeitura adquira uma UTI Móvel.
Para o vereador o equipamento é uma necessidade. “Já que o nosso hospital não tem uma UTI, quando for necessário, os médicos vão poder fazer bem o seu trabalho, encaminhando os pacientes para outros hospitais com mais rapidez e segurança”, destacou Nunes, acrescentando que recentemente um recém nascido precisou de uma ambulância UTI para ser transferido para Lages e não tinha disponível na região.
Atualmente o SAMU da região dispõe de três ambulâncias com UTI Móvel (que contam com um médico, um enfermeiro e um motorista) e estão localizadas em Criciúma, Tubarão e Araranguá. Além de 14 ambulâncias chamadas Unidade Básica (que tem um técnico em enfermagem e um motorista) presentes em Criciúma, Siderópolis, Morro da Fumaça, Santa Rosa do Sul, Sombrio, Braço do Norte, Tubarão, Laguna, Imbituba, Turvo, Meleiro, Lauro Müller, Orleans e Forquilhinha.
Procurado pela reportagem do Portal Sul in Foco, o prefeito Hélio Bunn, disse que entende a preocupação do vereador e que esse problema não é exclusivo de Lauro Müller. “Não conheço um único município da região, com exceção de Criciúma, Tubarão e Araranguá, que tenha ambulância UTI. Qual prefeito não gostaria de dispor deste equipamento para a sua população? Acredito que todos. Mas, a realidade é outra, as prefeituras já não têm mais de onde tirar recursos para investir na saúde. A grande maioria dos prefeitos aplica mais que os 15% determinados pela Lei”, explicou o chefe do executivo municipal.
Ainda conforme o prefeito, a questão não se restringe apenas a compra da ambulância UTI. Para o funcionamento do serviço seria preciso contratar médicos, enfermeiros e motoristas, para trabalharem as 24h. “Eu não tenho os dados precisos, mas até onde sei o custo mensal para manter a UTI móvel, é próximo de R$ 100 mil”, ressaltou Bunn, acrescentando que o valor é quase o que a prefeitura aplica para manter o hospital aberto.
Chegou-se a cogitar, equipar a ambulância do SAMU de Lauro Müller com uma UTI, porém isso não é possível, pois só as cidades com hospitais de referência podem ter a unidade avançada (UTI Móvel) do SAMU. No caso da região carbonífera, só Criciúma cumpre esta exigência.