Quem vive ou trabalha às margens da SC-108, rodovia que liga Criciúma a Orleans, constantemente observa a ocorrência de acidentes. A via é palco constante de colisões, que são causadas pela combinação da alta velocidade e imprudência. Embora o trecho de cerca de 20 quilômetros já tenha permanecido por quase um ano sem o registro de óbitos, a situação agora é diferente.
Somente em 2017 dois óbitos foram registrados no local de acidentes, em casos ocorridos em 22 de abril e 11 de julho. Contudo, de acordo com a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), ao menos outras três pessoas também foram vítimas da violência no trânsito. A última delas, um motociclista que morreu ao colidir na traseira de um caminhão, em 25 de outubro, em Urussanga. Ele chegou a ser socorrido e encaminhado ao hospital, mas não resistiu.
Nestes dez meses e 13 dias que passaram em 2017, a PMRv contabilizou 42 acidentes ao longo da SC-108, no trecho entre Criciúma e Orleans. Os fatos foram registrados nos mais variados dias da semana e em diferentes horários. Em uma via cujo limite de velocidade é de 80 quilômetros por hora, a alta velocidade esteve presente em boa parte dos casos.
Para tentar coibir que os motoristas trafeguem acima do limite permitido, a PMRv realiza constantes operações, inclusive com radares móveis em alguns postos estratégicos da rodovia. “Entretanto já flagramos veículos transitando a 130 e 140 quilômetros por hora”, aponta Ribeiro.
A SC-108 é rota a quem necessita trabalhar todos os dias, bem como de quem utiliza a estrada para se deslocar a outras cidades. Diferente da SC-445, que liga Criciúma e Içara à BR-101, a SC-108 está em boas condições e não está superlotada de veículos. Estas duas características, contudo, colaboraram para a alta velocidade e maior incidência de acidentes. “Quanto maior a velocidade, mais acidentes graves são registrados”, lamenta o comandante.
Com informações do Portal DN SUL.