Aplicação da vacina Pfizer bivalente contra a Covid-19 foi liberada a todos os grupos prioritários acima dos 12 anos em Santa Catarina
Os Estados Unidos (EUA) anunciaram que irão imunizar a população apenas com a vacina bivalente contra a Covid-19 a partir desta terça-feira (18). De acordo com a epidemiologista Carla Domingues, consultora da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), o Brasil pode seguir a tendência. A especialista afirmou ainda que a “vacina é a ideal” para esse momento da pandemia da doença.
De acordo com a Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), Santa Catarina segue com o esquema de vacinação orientado pelo Ministério da Saúde. No Estado, além das doses monovalentes, a aplicação da vacina Pfizer bivalente contra a Covid-19 foi liberada a todos os grupos prioritários acima dos 12 anos.
Segundo o R7, a decisão dos EUA descontinua a fabricação da monovalente para a imunização no país e passa a aplicar apenas a dose bivalente dos laboratórios Pfizer e Moderna.
Domingues explica que a mudança condiz com o momento em que o mundo está no enfrentamento à doença. Conforme a especialista, cada tipo de vacina funciona melhor em uma etapa da imunização e da própria pandemia.
“Você vacina com monovalente e depois reforça com a bivalente.”
Segundo a epidemiologista, a vacina monovalente era produzida com base na cepa original do vírus da Covid-19, responsável pelo começo da pandemia em Wuhan, na China. No entanto, os casos atuais da doença não são mais causados por essa cepa.
“O vírus, quando começa a infectar muitas pessoas, descobre um mecanismo para sobreviver, cria mutações, se transforma e cria outras variantes. A gente já passou por muitas variantes, agora a que prevalece é a Omicron”, explica Domingues. A epidemiologista explica que a vacina bivalente é produzida a partir da variante mais atual.
Foco deve ser em população em risco, diz epidemiologista
Carla Domingues destaca que, com a maior parte da população imunizada com as primeiras doses da vacina contra a Covid-19, o foco deve ser pessoas em situação de risco.
“Não tem mais sentido você vacinar pessoas saudáveis com uma doença que tá circulando pouco. Uma pessoa sadia pode adoecer? Pode, mas é raro. Por isso o foco da vacinação agora deve ser a população em situação de risco”, pontua a epidemiologista.
Com informações do ND+