Política

Urussanga: movimentações indicam manobras políticas para manter prefeito eleito afastado

Tentativas de cassar o mandato do prefeito Gustavo e do vereador Taliano, que é decisivo para alcançar a maioria no Legislativo, chamam atenção e requerem intervenção da Justiça.

Foto: Divulgação

A intensa movimentação dos vereadores de oposição e também do vereador do partido do vice-prefeito eleito e atual prefeito interino, na Câmara de Vereadores de Urussanga, indica a realização de manobras políticas a fim de cassar o mandato do prefeito eleito Luiz Gustavo Cancellier e também o do vereador Rozemar Sebastião, o Taliano, cujo voto é decisivo para alcançar a grande maioria no Legislativo.

Ao total, houve uma tentativa de abertura de Comissão de Investigação e Processante contra Gustavo Cancellier, em setembro de 2021, e também a aprovação de outras

Comissões de Investigação e Processante em 2022. Em fevereiro, foi aprovada a criação de duas Comissões Processantes, uma para investigar o prefeito e outra para investigar três vereadores afastados, entre eles, o vereador Taliano. Já em março e em abril, foram aprovadas a criação de mais duas Comissões de Investigação e Processante para apurar denúncia contra o vereador Taliano.

O que mais chama a atenção foram as movimentações ocorridas a partir de maio. A primeira quando a Sessão de Julgamento contra o vereador Taliano teria sido agendada para o dia 13 de maio, em uma sexta-feira, sem respeitar o prazo de dois dias de vista dos autos para análise mais apurada. A Justiça determinou que o prazo fosse concedido. A pressa se dá em virtude de o prazo da Sessão de Julgamento de Gustavo Cancelier encerrar no dia 16 de maio, segunda-feira, e não haver maioria para aprovar a cassação dele. A alternativa encontrada pela oposição foi então acelerar o processo a fim de cassar o mandato de Taliano.

A oposição, entretanto, não se deu por satisfeita e, pela primeira vez na história de Urussanga, houve a tentativa de realizar esta votação em um domingo, no dia 15 de maio. Mais uma vez, uma decisão da Justiça determinou a suspensão da Sessão de Julgamento. Pela terceira vez, outra manobra. Na segunda-feira, no dia da Sessão de Julgamento contra Gustavo, a Justiça precisou impedir a decisão dos vereadores de oposição, que votaram, no dia da Sessão de Julgamento, um requerimento para declarar o impedimento de Taliano na votação de Gustavo. Contudo, seu direito a voto foi garantido em decisão judicial.

Ao não ver outra saída, a oposição votou para arquivar o pedido de cassação do mandato de Gustavo sem a votação do mérito. Com isso, o processo pode ser revisto a qualquer momento, o que não aconteceria se a votação do mérito tivesse ocorrido, pois a oposição não tinha os seis votos necessários. Esta foi alternativa encontrada a fim de conseguir impedir o retorno de Gustavo à Prefeitura de Urussanga em outra oportunidade, caso consigam cassar o mandato do vereador Taliano.

Enquanto isso acontece, a população de Urussanga vem sofrendo as consequências. No primeiro trimestre de 2021, a cidade contou com 210 postos de trabalho formais, sendo a 6ª em números na região da Amrec. Em comparação, no mesmo período em 2022, foram -83 vagas, o que indica desemprego e prejuízos à economia local. Outra grande preocupação dos moradores de Urussanga e que havia tido um grande avanço entre 2017 e início de 2021, sob gestão do prefeito Gustavo, está no que diz respeito à saúde, quando foi realizado o maior investimento da história do Município, com altos índices de aprovação da população. Em 2022, entretanto, o declínio na qualidade do atendimento já foi admitido inclusive pela Administração Municipal atual, conforme vídeo publicado pelo Jornal Panorama. Sendo assim, fica o questionamento sobre até quando os olhares dos entes políticos da cidade ficarão mais voltados à cassação do prefeito do que na gestão plena do Município e atendendo os interesses coletivos.

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