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Uma história de amor pelo esporte e por Criciúma

O Pelé da FME não esconde o carinho e dedicação que tem pelo local que escolheu para viver

O paulistano Antônio Carlos Leite, popularmente conhecido como Pelé, atuou durante 35 anos na Fundação Municipal de Criciúma (FME). Agora, vive um momento de despedida, de pausa nas atividades e contribuições para as conquistas, pois, chegou a tão sonhada aposentadoria.

Quando fala de sua trajetória, Pelé conta que em 1973, foi convidado para trabalhar em Criciúma por Joaquim De Bem, na época diretor de Educação Física da Fundação Educacional de Criciúma (Fucri), hoje a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). “Nas primeiras conversas, não queria vir morar aqui, eu dizia que aqui era muito frio e como o meu trabalho era dentro da água, não daria certo”, conta o ex-atleta.

Mas o diretor queria Pelé em Criciúma e depois de tantas conversas, ele acabou vindo para a cidade, em 1974. “Naquele ano aconteceria o Jogos Abertos de Santa Catarina na cidade, e decidi vir conhecer, assistir a competição e conhecer a cidade”, revela. Mas ao contrário do que pensava, decidiu aceitar a proposta e ficar na cidade. “Criciúma estava em festa com os jogos, a receptividade foi grande, gostei do clima e estou aqui até hoje”, completa.

Pelé ainda lembra que na época o esporte em Criciúma estava dando grande visibilidade para a cidade, já que em 74 os criciumenses sediaram os Jasc. “Aquele ano foi muito bom para a prática esportiva do município, que depois passou por um baixo rendimento nas competições. Agora, nos últimos anos, que o esporte amador começou a ser mais valorizado e os resultados estão aí”, destaca.

Ele lembra que quando morava em São Paulo, o primeiro contato que teve com a piscina do Parque Antártica, estádio da Sociedade Esportiva Palmeiras, em São Paulo. E conta que foi nas piscinas do clube que deu as primeiras braçadas e primeiros saltos. Desde lá, sua vida inteira foi dedicada ao esporte. Hoje, aos 70 anos, Pelé, chega à aposentadoria deixando uma história que orgulha quem o conhece. Nascido em 1942, formado em educação física, Pelé, é casado com Marlene da Silva Leite, com quem tem três filhos.

A sua esposa, que está ao seu lado há 32 anos, sente orgulho do marido. “Ele sempre foi muito dedicado dentro do esporte e também fora dele. Tem uma história bonita tanto no esporte, quanto com a família”, afirma Marlene.

Mas ela não é a única a admirar a trajetória do Pelé, o coordenador da modalidade de atletismo da FME, Sandro Araújo, também comenta o quanto foi importante para o esporte de Criciúma. “Ele foi um grande atleta que deu muito orgulho por onde passou, principalmente por Criciúma onde se enraizou e construiu uma bela história”, lembra.

Foram 37 anos dedicados ao esporte, agora o aposentado Antônio Carlos Leite, curtir essa nova etapa da vida. “Vamos descansar, viajar um pouco, afinal, dizem que quem conhece Criciúma não sai para outro lugar, não é?”, comenta.

Lucas Sabino/Decom Prefeitura de Criciúma