Existe um ponto da SC-108 que a única saída para os pedestres é caminhar pela pista da movimentada rodovia que liga Criciúma a Cocal do Sul. É na altura da Mina Brasil, onde uma cratera na encosta da estrada fez abrir um buraco que interrompe o fluxo de quem por ali tenta caminhar.
“E como tem uma parada de ônibus próxima, as pessoas precisam se arriscar andando pela estrada”, adverte o presidente da Associação de Moradores da Mina Brasil, Airton Dias. Trata-se de um problema antigo. “Há dois anos a prefeitura inaugurou uma escadaria ali perto. Nosso medo é que, o dia que houver um deslizamento, a terra leve a estrada, o que sobrou da calçada e até a parada de ônibus”, comenta.
De fato, o cenário assusta. Trata-se de um buraco grande e, ao fundo, há residências. “Qualquer deslizamento ali poderá atingir as casas lá embaixo”, confirma o presidente. O risco existe também para os ônibus que andam rentes à calçada quando vão embarcar ou desembarcar passageiros. “O pneu do ônibus passa a poucos centímetros do buraco, uma hora vai acontecer um acidente”, alerta Dias.
Este deslizamento consta de um relatório de 15 casos semelhantes em toda a região que foram encaminhados pela Superintendência Regional Sul do Deinfra ao comando do órgão em Florianópolis. “Temos 15 casos, alguns piores que este da Mina Brasil inclusive, que precisam de conserto. Mandamos esse relatório faz algum tempo e estamos no aguardo de um retorno”, detalha o superintendente Lourival Pizzolo.
A solução é a construção de um muro de contenção no caso da SC-108. “E vai ser um muro alto, bem complexo, pois é uma encosta alta e paralela à estrada”, comenta. Pizzolo cita casos de deslizamentos em outros trechos que também precisam de providências urgentes.
Entre as rodovias com problemas estão pontos entre Treviso e Lauro Müller, Lauro Müller a Orleans, Gravatal e Braço do Norte, de São Ludgero a Orleans, Braço do Norte a Grão Pará, Orleans a Urussanga e de Morro da Fumaça a Urussanga. Em abril, houve um outro caso que chamou a atenção entre Orleans e São Ludgero mas que já foi corrigido pelo Deinfra.
Com informações do Portal Engeplus