Ulisses Gabriel tomou posse ao substituir o deputado Milton Hobbus, que tirou licença por 90 dias para tratar de assuntos particulares.
O Parlamento catarinense ganhou um novo deputado na manhã desta quinta-feira (20). Terceiro suplente da coligação PSD-PP-PSC, Ulisses Gabriel, de 37 anos, delegado da Polícia Civil e filiado ao PSD, tomou posse ao substituir o deputado Milton Hobbus, líder da bancada do seu partido, que tirou licença por 90 dias para tratar de assuntos particulares.
Na eleição de 2018 Ulisses somou 28.830 votos e, para garantir sua vaga agora, contou com o apoio dos dois primeiros suplentes, Silvio Dreveck (PP) e Jean Khulmann (PSD), que abriram mão de tomar posse. Nascido em Turvo, o deputado reside em Orleans, onde trabalha como delegado. Esse fato dá ao Sul do estado a maior bancada da Assembleia Legislativa, que agora conta com nove integrantes. O novo parlamentar passa a integrar o bloco composto por Ada de Luca (MDB), Felipe Estevão (PSL), Jessé Lopes (PSL), José Milton Scheffer (PP), Julio Garcia (PSD), Luiz Fernando Vampiro (MDB), Rodrigo Minotto (PDT) e Volnei Webber (MDB).
Em seu discurso, o deputado destacou a origem humilde, que o levou a começar a trabalhar aos 7 anos como garçom e, aos 12, na função de cozinheiro. “Decidi estudar e, aos 24 anos, me tornei delegado”, contou. A educação, afirmou, será um dos temas que defenderá no Parlamento. “A segurança pública é fator essencial para que possamos conviver em sociedade. Sem segurança a gente não tem o presente. Mas, sem educação, não temos o futuro”, argumentou.
Na opinião dele, é importante levar em consideração a questão da segurança pública somada à educação. Sobre o primeiro assunto, Ulisses demonstrou preocupação com a busca dos professores pelo piso nacional da categoria. “Foi concedido em 2019, mas ainda não foi pago em Santa Catarina”, disse.
Do segundo, o deputado destacou a necessidade de equalizar a faixa salarial entre policiais civis e servidores do Instituto Geral de Perícias e do sistema prisional. “Há também que se fazer o aumento do efetivo da Polícia Civil, pois várias cidades possuem só um policial civil e outras grandes estão com equipes de investigação reduzidas. E o propósito da Polícia Civil é a investigação”, comentou. Segundo ele, é necessário que os criminosos sejam presos e assim continuem. “Não adianta prender para ser solto daqui a meia hora em uma audiência de custódia porque há poucas provas. Se tivermos um investimento forte na Polícia Civil, automaticamente ocorrerão prisões com mais qualidade das organizações criminosas que aqui atuam”, sentenciou.
As questões da reforma da previdência e da carga tributária também têm o interesse do deputado. Ele citou preocupação com a proposta de aumento de impostos para os setores da agricultura e da pecuária e com a equalização dos tributos para a indústria. Por fim, ao citar a rodovia SC-390, Ulisses destacou que também vê na necessidade de revitalização das rodovias estaduais outra de suas frentes de atuação.