O TSE analisa uma ação movida contra Jair Bolsonaro pelo PDT na qual alegam abuso de poder político, além de uso indevido dos meios de comunicação do Governo Federal
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passa por julgamento na manhã desta quinta-feira (22). Uma das ações que está sob análise dos magistrados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), acusa o ex-chefe do Executivo por abuso de poder político, além de uso indevido dos meios de comunicação do Governo Federal.
A ação foi movida pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista), e alega que Bolsonaro cometeu abuso de poder político e o uso indevido dos meios de comunicação, no caso a TV Brasil, uma emissora pública, para a transmissão da reunião com embaixadores, onde o ex-presidente criticou o sistema eleitoral brasileiro.
O caso é relatado pelo corregedor-geral Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves. Ao liberar o processo para julgamento, ele publicou um relatório no qual detalha todas as etapas da Aije (Ação Judicial de Investigação Eleitoral), incluindo as alegações finais de acusação e defesa.
O julgamento das Aijes costuma ser mais longo na corte eleitoral, por ser necessário, em geral, a leitura de longo relatório sobre as investigações, pelo relator.
TSE reservou três sessões para julgar o ex-presidente
A corte definiu a reserva de três sessões plenárias para a análise da Aije que tem como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro, e na qual o PDT solicita sua declaração de inelegibilidade.
A Aije trata de uma reunião organizada por Bolsonaro no Palácio da Alvorada com dezenas de embaixadores e equipes diplomáticas, na qual apresentou acusações sem provas contra a urna eletrônica.
Na sessão desta quinta-feira deve ser tomada pela leitura desse relatório e as sustentações orais das partes e do MPE (Ministério Público Eleitoral). Cada fala dura até 15 minutos.
A expectativa, também, é que Gonçalves profira um voto longo e minucioso, o que deve tomar uma segunda sessão plenária.
Em seguida ao relator, votam os ministros: Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, a vice-presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, o ministro Nunes Marques e, por último, o presidente do Tribunal, ministro Alexandre de Moraes.
Com informações ND+