A orientação para as vítimas, caso procurem as unidades judiciárias, é registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil.
O Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (NIS/TJSC) identificou, nas últimas semanas, novas práticas de golpe envolvendo o Poder Judiciário catarinense. O crime, com prática semelhante descoberta em setembro de 2019, ocorre da seguinte forma: um estelionatário se passa por magistrado estadual ou federal e solicita, geralmente, a servidores municipais de prefeituras e secretarias que seja realizado o serviço de transporte mediante pagamento, pois teria chegado recentemente à cidade e gostaria de se deslocar ao fórum, fazer diligências ou conhecer a localidade.
Entretanto, em seguida, o golpista alega que o depósito foi feito incorretamente, com valor maior. Neste momento, ele solicita que a vítima devolva o dinheiro “depositado” – na verdade, o depósito feito pelo estelionatário não existe, ele apenas o forja no caixa eletrônico com um envelope sem nada dentro – e diz que o valor total do serviço será pago quando chegar ao fórum. Imbuída de boa-fé, a vítima só percebe que foi enganada quando comparece à unidade judiciária para ser ressarcida e percebe que o suposto magistrado não existe.
Mesmo com a suspensão dos prazos processuais, atendimento externo e realização de audiências e sessões de julgamento (judiciais e administrativas) presenciais, entre outras medidas adotadas para mitigar os riscos decorrentes do novo coronavírus (Covid-19), foram registradas tentativas nas regiões Oeste e Serrana. A orientação para as vítimas, caso procurem as unidades judiciárias, é registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil. As comarcas que forem comunicadas de ocorrências devem encaminhar via e-mail (nis.opr@tjsc.jus.br) o relato ou o boletim de ocorrência, pois os casos estão sendo monitorados pelo NIS.