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Três hospitais da região poderão paralisar serviços a partir de hoje

Foto: Divulgação

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Os problemas de finanças e de gestão em hospitais têm trazido reflexo em todo o núcleo de colaboradores que atuam da região. Com os salários atrasados, funcionários de três instituições deverão optar pela paralisação de parte dos serviços a partir de hoje. Sofrerão alterações em seus atendimentos o Hospital Regional de Araranguá, o Hospital São Marcos, em Nova Veneza, e a Casa de Saúde do Rio Maina, Criciúma.

Totalizando os três hospitais, a paralisação poderá envolver até 650 colaboradores da região Sul. O caos e a insegurança que se estabelece entre os funcionários se deve aos poucos recursos públicos encontrados pelas direções para gerir as unidades. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Criciúma e Região (SindiSaúde), Cléber Cândido, a alternativa havia sido definida em assembleia realizada anteriormente pela categoria de trabalhadores. 

“Todos os funcionários estão alegando que os hospitais não tem dinheiro por falta de repasses das prefeituras e do Governo. Após esse decisão, irão trabalhar com a escala mínima”, afirma o sindicalista. A paralisação será feita de forma imediata e só deverá ser suspensa assim que o salário for pago aos trabalhadores. Os representantes do SindiSaúde se reúnem ainda hoje pela manhã para tratar dos últimos ajustes da paralisação e definir a escala de trabalho adotada.

Aderência em Araranguá

Em contato com a Associação Paulista de Desenvolvimento da Medicina (SPDM), que administra o Regional de Araranguá, o instituto preferiu não se manifestar, sugerindo que a imprensa procurasse diretamente pela Secretaria do Estado de Saúde. Assim como o Hospital São José, a verba para a gerencia da instituição parte do Governo do Estado. Em resposta, a assessoria estadual afirmou que o repasse de mais de R$ 3,7 milhões foi feito ao hospital ainda na tarde de ontem.

Mas, por ter sido efetivado após o horário bancário, devido ao fluxo do caixa, o salário não havia chego aos funcionários dentro do previsto. Os valores estarão disponíveis na segunda-feira, 9, pela manhã. Esse fato poderá interferir na aderência dos funcionários de Araranguá na paralisação. “Iremos repassar essa informação amanhã (hoje) em piquete para os funcionários. Irão aderir aqueles que quiserem”, pontua Cléber Cândido.

A reportagem do Jornal Atribuna também procurou pelo Instituto de Saúde e Educação Vida (ISEV), que gere o Hospital São Marcos e a Casa de Saúde do Rio Maina. Em contato com a assessoria e diretoria do instituto as ligações não foram atendidas até o fechamento da edição. A Secretaria de Saúde de Criciúma, no entanto, afirma não ter dívidas com a instituição e não se responsabiliza pelos pagamentos atrasados.

Com informações do site Clicatribuna