A Academia Tubaronense de Letras (Acatul) empossará três membros na sexta-feira, 11 de dezembro, às 20h. Amaline Mussi, Irmoto José Feuerschuette e Marilene da Rosa Lapolli ocuparão as cadeiras. Durante o evento, que será no Museu Willy Zumblick, também ocorrerá o lançamento da sétima coletiva “Acatul em tempo de primavera” em comemoração aos 15 anos da entidade.
Até hoje há três publicações no nome do professor Irmoto: “Mercado de trabalho médico no Paraná”, escrito quando foi médico residente em Curitiba em 1967, “Direção para vida” sobre as cheias de 1974, publicado em 2004 e “Dr. Otto, sacerdote da medicina”, publicado em 2014. “Considero uma honraria fazer parte de um grupo seleto, objetivando a disciplinação, a cultura da literatura e o resgate da nossa história”, relata.
A professora Marilene se envolveu com a literatura quando ainda criança. “Gostava de versos, teatro, poesia e música. Dos anos iniciais da educação básica à universidade, sempre tive predileção por áreas de criação e reflexão”, conta. Segundo Marilene, seu gosto por ler e escrever é porque vê na escrita um momento de inspiração, transcendência, liberdade de criação e na leitura a oportunidade de conhecer diversidade de ideias.
“É um mundo encantado, permite ao ser humano desenvolver seus talentos nas mais diversas dimensões”, diz a docente. Por acreditar profundamente nesta possibilidade é que dentro de suas propostas pedagógicas inclui o projeto de leitura de temas pertinentes à área e produção literária. Além de diversos artigos escritos e publicados em várias áreas e abordagens, a professora também coordenou a organização de três obras do projeto “Quem Não Lê, Não Escreve”, do curso de Administração. No livro “Rio Tubarão, No Curso D’Alma”, organizado pela Amaline, escreveu a crônica intitulada “As Margens do Rio- Meus Caminhos”.
Ser empossada pela Acatul é um momento ímpar, segundo Marilene. “Nos últimos oito anos mais de 50% dos escritores foram trabalhados em projetos de leitura nas minhas atividades pedagógicas, buscados cada qual para a área de formação do estudante. Uma via de mão dupla no mundo literário”, explica.
Já para Amaline a literatura surgiu em sua vida através da sua mãe, quando tinha em volta dos quatro anos de idade. Mais tarde, os estudos de literatura francesa durante 10 anos foram determinantes. Os estudos na UFSC, no mestrado de Literatura Brasileira, do mesmo modo. “Meu trabalho com editoras, hoje, dominantemente, com a Editora Unisul, me assegura o convívio com autores, com a obra fazendo-se, aperfeiçoando-se, isto é mesmo mágico”, conta.
O trabalho da professora Amaline na literatura se fez através de colaborações para suplementos literários de jornais de circulação em Minas, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. A publicação do primeiro livro foi “Anotações sobre um Testamento” em 1972. Nos anos 2000, junto à Unisul Virtual, passou a trabalhar em obras didáticas. Iniciou com a publicação de “Leitura e Produção Textual” e suas variações, e fechou com “Língua e Redação Oficial”. “Sempre assim: vertente literária, vertente analítica, vertente teórica, produção de obras”, diz. No início dos anos 2000, produziu para a Unisul, a coletânea de poemas “A World of Poetry”, do poeta americano James Orvil Beady.
Ainda possui dois títulos aguardando edição: “Verde Mórbido”, com contos, e “Memórias de mamãe-menina”, que é uma interpretação de memórias deixadas por sua mãe e outras duas obras em parceria aguardando finalizações. Conforme Amaline, fazer parte da Academia é confirmar uma opção de vida com qual se identificou e em que se vê identificada. “É ser chamada ao convívio entre pares de vida, onde o diálogo flui, os projetos somam, o convívio motiva, acolhe, abriga. Assumo o compromisso de levar alto e adiante, em conjunto com os acadêmicos, a missão que a Acatul se atribui”, certifica.