Além do teste de integridade, urnas serão sorteadas para o projeto-piloto com biometria, a exemplo do que ocorreu no primeiro turno
O presidente do TRE-SC, desembargador Leopoldo Augusto Brüggemann, explica que, como a auditoria também foi realizada no primeiro turno, em 2 de outubro, toda a estrutura para o evento já está preparada. Na Alesc, serão aferidas 25 urnas para comprovar a confiabilidade do voto. Já na escola, duas urnas passarão pela mesma auditoria com o uso da biometria de eleitores voluntários e tudo será monitorado e transmitido em tempo real pelo canal do TRE-SC no YouTube, reforçou.
De acordo com o presidente, mais de 100 pessoas vão trabalhar no sábado, a partir das 7 horas, para o transporte das oito urnas eletrônicas que serão sorteadas. Assim que elas forem sorteadas, os juízes eleitorais dos municípios sorteados terão que substituir as urnas eletrônicas e haverá uma cadeia de custódia, representada por policiais militares ou rodoviários, com servidores da Justiça Eleitoral, para transportar elas até o Parlamento, onde ficarão sob a guarda da Casa Militar para serem auditadas no domingo. Em Santa Catarina, há 16.242 urnas e devido à dificuldade de logística, 120 foram retiradas do sorteio.
Ele lembra que desde 2002 a auditoria é realizada pela Justiça Eleitoral e que neste ano o número de urnas foi ampliado, envolvendo estudantes do estado. O processo prevê que no domingo, as urnas receberão os votos de estudantes em cédulas em papel que serão depositados numa urna de lona. “No final das eleições, os votos em papel e os digitados, mesmo não valendo para o pleito, serão comparados, comprovando a eficiência e idoneidade da eleição.”
Tudo será supervisionado por auditores independentes e membros da Comissão de Auditoria de Funcionamento das Urnas, presidida pelo juiz Zany Estael Leite Júnior. “Neste domingo, será a prova dos nove de que a urna eletrônica é auditável e o que der no resultado da cédula do papel será o que terá na urna eletrônica”, ressaltou Brüggemann.
O diretor-geral do TRE-SC, Gonsalo Agostini Ribeiro, ressaltou que o objetivo desta auditoria é de provar que o voto em cédula é o mesmo que o eletrônico. “Essa votação em paralela e não será computada na votação oficial.”
Já as duas urnas que serão utilizadas no projeto-piloto com biometria estarão na escola Professor Henrique Stodieck, em Florianópolis, onde ocorrerá a experiência. “É um sistema um pouco diferente, onde o eleitor será convidado a habilitar a urna por meio de sua biometria e depois, autorização expressa, alguém pegará a cédula que já está preenchida e fará o lançamento desta informação na urna eletrônica. Vale dizer que não estaremos auditando o voto e sim o funcionamento da urna.”
O diretor-geral da Alesc, André Luiz Bernardi, que integra a Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica, enfatizou a importância da parceria com a Justiça Eleitoral e a realização da auditoria das urnas eletrônicas na sede do Parlamento catarinense. “Neste domingo a Assembleia fica aberta a todos os catarinenses que queiram acompanhar a autenticidade do processo eleitoral, do funcionamento das urnas eletrônica, um processo transparente e seguro, aos eleitos e que permite uma maior segurança ao eleitor no exercício do voto. Estamos felizes, a Casa é do Povo, o Parlamento catarinense neste domingo não será só a sede do Legislativo catarinense, mas da Justiça Eleitoral.”