A denúncia de que uma idosa de 89 anos foi alvo de tortura está sendo investigada pela Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso – Dpcami de Tubarão. A idosa, segundo a polícia, apresentava vários hematomas, além de marcas de queimadura no braço.
O caso chegou até a delegacia depois que a idosa foi levada por uma sobrinha para uma casa de repouso. Lá, os funcionários da casa realizaram exames – ação comum para admitir um idoso no local. Na avaliação física da mulher, foi constatado que ela havia sido alvo de tortura.
De acordo com o delegado da Dpcami de Tubarão, Felipe Samir Ferreira Andrade, o caso segue sob investigação. “Já existe um suspeito (para a tortura), que se evadiu para o Rio Grande do Sul. Também existe a possibilidade de ter sido auxiliado por outra mulher”, antecipa o delegado, e completa que outras informações seguem sob sigilo por conta da investigação.
Amanhã, segundo o delegado, as investigações devem ser concluídas e o pedido de prisão preventiva dos envolvidos deve ser feito. O Disque 100, canal da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, responsável pelo recebimento de denúncias de violações de direitos, registrou mais de 12 mil denúncias de violência contra a pessoa idosa em 2016.
Maus-tratos a idoso é crime
A violência praticada contra pessoas idosas não é concretizada somente por atos de violência física e maus-tratos. O artigo 4º do Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003) estabelece que “nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei”. As penalidades para crimes praticados contra o idoso variam entre detenção e multa ou reclusão e multa, de seis meses a 12 anos, de acordo com a gravidade do tipo penal e as consequências do crime.
Com informações do Jornal Diário do Sul