Turismo

“Temos projeto para um hotel”, diz presidente da Fluss Haus

Construída em uma pequena comunidade rural de São Martinho, a Fluss Haus é famosa em Santa Catarina pelas bolachas artesanais que produz.

Foto: Divulgação/FlussHaus

Em entrevista ao jornalista Moacir Pareira do Diário Catarinense, o empresário do setor turístico e proprietário da Fluss Haus, Lindomar Feuser, falou sobre o empreendimento e destacou a intenção de ampliar a área de atendimento aos turistas no empreendimento localizado em São Martinho.

Construída em uma pequena comunidade rural, a Fluss Haus é famosa em Santa Catarina pelas bolachas artesanais que produz. Acompanhe a entrevista concedida ao Diário Catarinense:

Quais os novos planos do senhor para a Fluss Haus?

Estamos pensando em grandes investimentos para reduzir custos e atrair mais público. Está prevista a instalação de energia fotovoltaica para termos energia própria. Temos projeto para um hotel, mas de médio prazo.

Se não existisse a Fluss Haus o que teria acontecido?

Não existiria mais a comunidade de Vargem do Cedro. Ficariam apenas os mais idosos. Tínhamos apenas uma criança nascida a cada dois anos. Não teríamos mais creche, igreja, supermercado. Só em 2017, pelo emprego, nasceram 15 crianças pelos novos casais. O êxodo rural está muito forte e há várias comunidades vizinhas que estão sumindo. É uma tristeza. Há necessidade de mais investimentos para segurar o homem no campo. Tem saída e oportunidades para ganhar dinheiro no interior.

Presidente da Fluss Haus – Foto: Moacir Pereira/Diário Catarinense

Qual a maior aspiração da população para melhorar o turismo?

Carecemos de mais treinamento técnico para as pessoas melhorarem seus conhecimentos. As pessoas têm vontade, querem trabalhar, mas não têm conhecimento técnico. O turista está aí. Vem para passear e gastar.

E a infraestrutura?

Falta asfalto de São Martinho a São Bonifácio. E facilitar os recursos para as pessoas empreenderem. A maior dificuldade hoje é a burocracia para se conseguir empréstimo. São agricultores que enfrentam uma papelada com 30 folhas, processos, tramitações etc. Não estimula.

Onde o senhor aprendeu a montar esse negócio?

Viajando pela Europa. Em 2010 estive na Alemanha. Descobri que eles fazem um turismo muito simples. É só capricho e flores. E qualidade no atendimento. Fui na cidade mais antiga da Alemanha, Trier, 16 anos antes de Cristo. As construções estão todas lá, mas com flores de cima a baixo. Então, é só embelezar com flores e caprichar. Na primeira semana, voltando da Alemanha, compramos flores para 300 floreiras. De janeiro a dezembro, nosso jardim está sempre impecável. Usamos sempre as flores da época. Temos um jardineiro só para cuidar do embelezamento.

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