Além das imagens captadas por drone, o scanner tridimensional foi fundamental para mapear com precisão a geometria da pista e da paisagem ao redor

Foto: PRF, Divulgação
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está utilizando recursos tecnológicos avançados para desvendar as circunstâncias da explosão do caminhão-tanque que ocorreu no Morro dos Cavalos, em Palhoça, na BR-101. Equipamentos como drones e scanners 3D estão sendo empregados na perícia para detalhar a dinâmica do acidente que chocou a Grande Florianópolis no dia 6 de abril.
De acordo com a PRF, o laudo técnico ainda não tem prazo definido para ser finalizado devido à complexidade da investigação. O levantamento está sendo elaborado com imagens aéreas registradas logo após o controle do incêndio, garantindo a preservação da cena antes de qualquer alteração.
Além das imagens captadas por drone, o scanner tridimensional foi fundamental para mapear com precisão a geometria da pista e da paisagem ao redor. Esses dados, somados a vídeos de monitoramento, vestígios recolhidos na rodovia, documentos e testemunhos, servirão para reconstruir a cronologia do acidente.
As análises também contam com imagens fornecidas pela concessionária Arteris Litoral Sul, que revelaram que o caminhão trafegava a 57 km/h momentos antes do acidente — velocidade permitida no trecho era de 60 km/h.
Entenda o caso
No domingo, por volta das 13h30, o caminhão-tanque carregado com álcool etílico tombou e explodiu, espalhando as chamas pela pista. O incêndio atingiu pelo menos 24 veículos e deixou cinco pessoas feridas com queimaduras, incluindo o motorista e a passageira da carreta.
O motorista, Tiago Antônio Chies, e sua esposa viajavam em direção a Esteio, no Rio Grande do Sul. Segundo os médicos, ele sofreu queimaduras em cerca de 17% do corpo, enquanto a acompanhante teve aproximadamente 13% da superfície corporal atingida. Ambos estavam estáveis e não precisaram de internação em UTI.
Leonir Schneider, proprietário da transportadora do veículo, garantiu que a carreta estava em condições adequadas e com toda a documentação regularizada. Ele também afirmou que a apólice de seguro cobre danos a terceiros, mas ressaltou que os demais envolvidos terão que acionar suas seguradoras pessoais.
O trânsito na região ficou totalmente bloqueado por quase 16 horas e só foi liberado na manhã de segunda-feira, por volta das 5h.