Veranistas e turistas das praias de Jaguaruna têm se surpreendido com algumas “visitas”. Na terça-feira, uma tartaruga cabeçuda foi encontrada no balneário Campo Bom e entregue no posto de guarda-vidas. Outras também foram encontradas recentemente.
De acordo com os bombeiros militares de Jaguaruna, o animal encontrado esta semana estava com certa debilidade e dificuldade de se locomover. Desta forma, foi acionada a Polícia Ambiental e alguns cuidados foram prestados.
Conforme o jornal Diário do Sul, em janeiro, a técnica de segurança do trabalho Ingrid Emerich estava na praia de Garopaba do Sul quando encontrou um cágado e, inclusive, postou fotos nas redes sociais. “Estava na praia e encontrei a tartaruga. Pesquisei e acho que era uma espécie em extinção. Liguei para a Polícia Ambiental e a orientação era de que, se o animal estivesse saudável, eu deveria soltá-lo em algum lago ou pântano de água doce”, conta Ingrid, que soltou a tartaruga próximo à ponte do Camacho.
A professora Tânia Mara Soares Dornelles também foi surpreendida na residência de praia, no Camacho. “Quando cheguei, tinha uma tartaruga dentro do pátio da minha casa e minha vizinha a levou para soltar. Ela me contou que as tartarugas têm aparecido bastante por aqui, mas não sei qual era a espécie”, acrescenta.
As tartarugas cabeçudas do mar – como a encontrada na terça-feira – passam a maior parte de suas vidas em mar aberto e em águas costeiras rasas. Elas raramente vêm à terra, com exceção do sexo feminino, com breves visitas para a construção e depósito de ovos nos ninhos.
Espécie
As tartarugas cabeçudas Hatchling vivem em tapetes flutuantes de algas Sargassum, sendo que adultos e juvenis vivem ao longo da plataforma continental, bem como em águas rasas dos estuários costeiros. No Atlântico noroeste, a idade desempenha um fator de preferência de habitat. Os juvenis são mais frequentemente encontrados em habitats estuarinos rasos, com acesso ao oceano limitado em comparação ao não assentamento adulto. Elas ocupam águas com temperaturas de superfície variando de 13,3 a 28 °C. Temperaturas de 27 a 28 °C são as mais adequadas para o sexo feminino de assentamento.