Polícia capturou oito pessoas acusadas de envolvimento com os crimes no morro do Taió, em Tubarão.
Entre casas abandonadas por moradores apreensivos com o crescimento do tráfico e com os constantes disparos de arma de fogo, os agentes da Divisão de Investigação Criminal (DIC) surpreenderam e capturaram oito pessoas acusadas de envolvimento com os crimes no morro do Taió, em Tubarão. Do grupo, que de acordo com investigações teria ligação com a facção criminosa denominada de Primeiro Comando da Capital (PCC), dois deles estavam circulando com armas em punho no momento da prisão.
As incursões e as buscas no morro do Taió, na localidade de São Martinho, já vinham sendo realizadas. “Hoje (ontem), recebemos informações de que estariam ocorrendo novos disparos e reunimos toda a equipe. Montamos uma estratégia diferente e conseguimos chegar na área onde ficavam os acusados por trás”, explica o delegado da DIC, Adriano Almeida.
Os suspeitos estavam em quatro casas que foram abandonadas por moradores no topo do morro, onde é possível visualizar qualquer aproximação feita pelos acessos. “Pelo matagal, conseguimos surpreendê-los. Flagramos sete homens em frente a uma das casas. Dois deles estavam andando com revólveres calibre 38 nas mãos. No chão, havia cápsulas deflagradas”, revela o delegado.
Atônitos com a incursão feita pelos fundos das casas, os sete suspeitos não tiveram tempo de esboçar qualquer reação e tiveram que se entregar. Durante revistas nos imóveis abandonados, outro homem foi capturado. Na área dominada pelos acusados, além das armas, foram apreendidos projéteis e materiais para a preparação de drogas.
Entre os presos estão cinco adultos com 33, 30, 29, 23 e 19 anos. Do quinteto, apenas o de 23 anos foi liberado por ser usuário de drogas. Os demais responderão por porte ilegal de armas e munição, disparos em vias públicas e formação de quadrilha armada. Além deles, três adolescentes – dois com 17 anos e um com 16 – foram apreendidos. O último seria encaminhado ao Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório (Casep) e os outros assinaram um termo circunstanciado.
Tatuagens apontariam ligação com a facção
TUBARÃO – O tráfico de drogas em Tubarão pode ter apoio de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção originária de São Paulo. A possibilidade foi levantada pelos agentes da Divisão de Investigação Criminal (DIC) com as cinco prisões e três apreensões realizadas no morro do Taió, na localidade de São Martinho. Do grupo, dois adolescentes, ambos de 17 anos, e um adulto, de 33 anos, teriam características da facção.
“Nós já tínhamos informações de que o PCC estava tentando entrar em Tubarão e uma pessoa já havia sido presa com as características da facção, mas ainda não tínhamos certeza. Agora, tivemos a confirmação com estas prisões. Os dois adolescentes e o mais velho possuem tatuagens utilizadas por pessoas recrutadas pelo PCC”, afirma o delegado Adriano Almeida.
De acordo com ele, os integrantes da facção tatuam o símbolo Yin Yang nas mãos e uma carpa (peixe) pelo corpo. “Estas três pessoas possuem estes símbolos. Com a vinda do PCC, o tráfico, que já estava organizado na cidade, vai ficar ainda mais. As facções fornecem estrutura e proteção, com maior pretensão. Nós continuaremos desempenhando nossas funções e tentando combatê-los”, adianta Adriano.
Diário do Sul