O objetivo é ajudar quem está situação de estresse extremo.
Os bombeiros são profissionais treinados para atuar em casos de incêndios, acidentes de trânsito, desastres naturais e entre outras tragédias. Mas o trabalho não é apenas físico, também há o cuidado com casos psicológicos. A crise econômica, intrigas familiares, problemas de saúde são apenas alguns dos motivos que podem levar alguém a tirar a própria vida. É nesse momento que também entra o trabalho de um bombeiro.
Recentemente o Corpo de Bombeiros de Braço do Norte tem atendido um número significativo de casos. Durante o período formação de Bombeiro Militar, são passadas instruções para gerenciar situações de estresse elevado. O soldado Diego Fernandes Garcia foi responsável por cuidar de um destes casos. Ao cruzar a ponte sobre o rio do Braço do Norte por volta das 19h30min, fora do horário de trabalho e em companhia da sua família, Diego viu um jovem chorar sentado sobre o guarda-corpo da estrutura.
Ao perceber a gravidade da situação, parou o carro em um local seguro e abordou o moço, de 22 anos. “A vítima recusou a minha ajuda e afirmou que iria jogar-se da ponte, pois havia rompido os laços afetivos com a sua namorada e que a sua família não o amava”, explica Diego. Ao reafirmar que iria atirar-se no rio, o bombeiro e um amigo agarraram o rapaz. Apesar de lutar contra a ajuda, foi possível conduzi-lo para um lugar seguro. “Nós trabalhamos sempre esperando o resultado positivo das nossas ações. Desta forma, nos motiva cada vez mais servir a sociedade catarinense”, conta Diego.
Transtornos mentais
A enfermeira e professora da Unisul, Eliane Mazzuco, participa de um projeto de extensão da universidade chamado Amigos da Saúde Mental. Ele tem o objetivo de desenvolver ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação na área da saúde mental. Para ela, a partir do momento que alguém refere que “não vale a pena viver”, um profissional de saúde deve ser procurado.
Os transtornos mentais também têm sinais e sintomas, assim como doenças físicas. “Existem alguns fatores de risco como aspectos sociodemográficos, fatores psicossociais, presença de alguns transtornos mentais, histórico familiar, entre outros”, conta Eliane. A ideia culturalmente aceita de que pessoas que desejam suicidar-se não avisam de antemão não é correta. “Muitos pacientes que avisam, fazem. Para tanto a realização do tratamento é fundamental”, complementa. É estimado que oito em dez pessoas que se matam dão aviso sobre suas intenções.
Com informações do site Notisul