Para o médico Daniel Feijó, que assumiu no último dia 9 de março a direção médica do Hospital Municipal Henrique Lage, o endividamento e o sucateamento dos pequenos hospitais, se agrava a cada dia.
Atendendo convite do presidente Manoel Jades Izidorio (PMDB), o médico Daniel Proença Feijó, que assumiu no último dia 9 de março a direção médica do Hospital Municipal Henrique Lage – HMHL esteve na sessão da Câmara Municipal na noite desta segunda-feira (19), às 19 horas, onde prestou esclarecimento aos vereadores sobre a situação dos plantões e outros assuntos relacionados ao hospital.
Antes de ser sabatinado pelos vereadores, o médico fez um breve relato daquilo que contratou com o município e qual a situação encontrada por ele no hospital. “Não sou nenhum salvador da pátria, mas posso garantir que me esforçarei ao máximo e darei o melhor de mim para que as coisas caminhem bem no hospital”, ressaltou.
Dr. Daniel informou aos vereadores que as escalas de plantões dos meses de março e abril já estão fechadas. “Apenas para o feriado de Páscoa não consegui escalar ninguém, mas se até lá eu não arrumar alguém, eu mesmo farei o plantão”, salientou, argumentando que apesar de Lauro Müller ser o município mais distante da cidade pólo, Criciúma, e por isso, ter mais dificuldade em arrumar médicos para trabalhar nos plantões do hospital, mesmo assim, está com dez médicos contratados para prestar o serviço.
Entre os demais assuntos discorridos pelo médico e aqueles abordados pelos vereadores, Dr. Daniel comentou sobre a possibilidade de o município manter uma UTI Móvel; a real situação dos aparelhos do hospital, que segundo ele, estão todos em perfeito estado de uso; a falta de recursos e a receita do hospital que não cobre as despesas; o tipo de atendimento que é oferecido pelo hospital; a falta de interesse e de vontade de trabalhar, bem como, o desleixo de alguns funcionários que acaba refletindo no atendimento aos pacientes; o paternalismo impregnado de alguns políticos; além das criticas infundadas e muitas vezes maldosas que contribuem para denegrir ainda mais a imagem do hospital.
Para o médico, o endividamento e o sucateamento dos pequenos hospitais, se agrava a cada dia. “Se os serviços nos pequenos hospitais, como é o caso aqui de Lauro Müller, não forem terceirizados, em pouco tempo, um ano, no máximo dois ou três, veremos muitos desses hospitais fechando as portas. A situação está ficando insustentável”, comentou.
Confira nos áudios abaixo a participação na integra do médico Daniel Proença Feijó, na sessão da Câmara, nesta segunda-feira.