Política

Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF acusado de interferir nas eleições de 2022, assume cargo de secretário em SC

Vasques foi preso em 2023 sob suspeita de influenciar o segundo turno das eleições presidenciais, mas foi libertado em agosto daquele ano, mediante uso de tornozeleira eletrônica

Foto: Prefeitura de São José/Divulgação

Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi nomeado secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José, cidade localizada na região metropolitana de Florianópolis e a quarta mais populosa de Santa Catarina. A nomeação, oficializada no Diário Oficial do município na última segunda-feira (6), marca um novo capítulo na trajetória do ex-diretor, que enfrentou acusações de interferência nas eleições de 2022.

A prefeitura de São José confirmou que Vasques assumiu o cargo sem cerimônia oficial e já está em exercício. A nomeação foi feita pelo prefeito Orvino Coelho de Ávila (PSD), que recentemente foi reeleito em outubro de 2024. O vínculo político entre Vasques e Orvino já era conhecido, com o ex-diretor declarando apoio ao prefeito durante a campanha eleitoral e recebendo a promessa de um cargo no novo governo.

Vasques foi preso em 2023 sob suspeita de influenciar o segundo turno das eleições presidenciais, mas foi libertado em agosto daquele ano, mediante uso de tornozeleira eletrônica. Antes de sua prisão, chegou a ser cogitado como candidato pelo PL em São José, mas a legenda optou por Adeliana Dal Pont para disputar as eleições municipais.

Carreira na PRF e aposentadoria Natural de Ivaiporã, no Paraná, Silvinei Vasques ingressou na PRF em 1995, onde construiu uma carreira de 27 anos. Em dezembro de 2022, ele se aposentou com benefício integral, mantendo o salário da ativa.

Controvérsias durante as eleições de 2022 A atuação de Vasques durante as eleições de 2022 foi marcada por polêmicas. Na véspera do segundo turno, ele usou suas redes sociais para pedir votos a Jair Bolsonaro, então candidato à reeleição. A publicação, posteriormente apagada, levou Vasques a se tornar réu por improbidade administrativa. Apesar disso, em depoimento à CPI dos Atos Golpistas, ele negou qualquer irregularidade ou omissão por parte da PRF durante sua gestão.

A nova posição de Vasques em São José reforça a controvérsia em torno de seu histórico, gerando debates sobre ética e responsabilidades no setor público.

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