Poder Legislativo

Sessão ordinária é marcada por homenagem a Clesio de Oliveira Sousa, em Orleans

Um minuto de silêncio em homenagem ao vereador em memória, Clesio de Oliveira Sousa (PSD), o popular Cabelinho, iniciou a sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Orleans desta segunda-feira (15). Sem matérias para apreciação na Ordem do Dia, a reunião foi marcada por declarações repletas de admiração e saudade. Em respeito ao Cabelinho, a cadeira que a ele pertencia permaneceu vazia. A vereadora Claudia Scaravaco Zomer (PSD) irá assumir como suplente a vaga deixada. Veja os pronunciamentos dos edis que se manifestaram:

Osvaldo Cruzeta (PP):

"Venho a esta tribuna esta noite com muita tristeza de olhar a cadeira vazia neste momento. Me faltam até palavras para falar do vereador Clesio de Oliveira Sousa, uma pessoa que lutou para conseguir chegar a esta Casa, legítimo representante da nossa gente, que chegou até aqui com muita honradez e orgulho. Digo isso porque acompanhei a trajetória do Cabelinho, sempre firme nas suas decisões, buscando o melhor para o município. Nós acompanhamos o quanto ele se empenhava para buscar recursos. Está aí a cadeira vazia. Nós preferimos aguardar ainda o desenrolar dos acontecimentos. Espero que a Justiça do nosso município e do município vizinho, onde ele foi encontrado, possa esclarecer o que aconteceu com nosso amigo para chegar ao ponto de tirar a própria vida”.

Cristian Berger (PPS):

“Da mesma forma, não tinha como usar a tribuna hoje e não falar do Clesio de Oliveira Sousa. Minha família sempre deu apoio à candidatura do Cabelinho. Meu pai sempre falava que admirava o Clesio e eu não o conhecia muito. Mas como eu sempre acompanhava e, pela dedicação dele, fez com que eu tivesse essa vontade de ser político. Diante da convivência com ele, aprendi a admirar ainda mais. Todos os dias estávamos tão perto e, ao mesmo tempo tão longe, que não pudemos fazer nada e reconhecer que ele tivesse esse problema, que não conseguiu se abrir para nós o ajudarmos. Ele vai deixar saudade nesta Casa e no povo orleanense”.

Antônio Dias André (PMDB):

"Foi um companheiro, um amigo e um irmão que nós perdemos. A cadeira hoje está vazia, simbolizando a imagem dele. Mesmo ausente, queremos dizer que a presença sempre fica. Muitas pessoas dizem que o tempo nos faz esquecer. Mas acredito que o tempo nos faz acostumar, mas não esquecer. Apenas nos acostumamos com a ausência. Gostando da pessoa, iremos lembrar para o resto da vida. Então não é o tempo que vai passar e nos deixar esquecer do Clesio. Eu queria ainda traçar um paralelo com a nossa vida e de todas as famílias e a ida do Clesio. As pessoas e as família fazem a árvore genealógica para reconhecer os integrantes e como viviam. Essa geração que está vindo, irá fazer a árvore política do município. Elas irão encontrar nesta árvore o vereador Clesio de Oliveira Sousa, mas não em um folha, em um fruto ou ramo. Tem que procurar muito, pois ele vai estar na raiz desta árvore da moralidade política de Orleans, na raiz que sustentará a árvore”.

Mário Coan (PSDB):

“Eu, como presidente desta Casa, irei manifestar a tristeza com a ausência do vereador. Nós fomos adversários políticos, mas sempre fomos amigos. A primeira filiação partidária de Clesio foi ao PSDB, que completa hoje 20 anos de fundação. Sempre pregamos a moralidade pública e a integridade da pessoa em qualquer aspecto da vida, quer profissional ou político. A vinda de Clesio de Oliveira Sousa para a bancada de oposição foi feita por vontade livre e individual dele. Nunca houve pressão do nosso grupo político, até porque nosso grupo político está fora do poder há muito tempo. Nós nos acostumamos a viver com pão e água, baseado naquilo que acreditamos ser o objetivo da política para a sociedade. A única missão da política e da administração pública é utilizar o recurso público para o benefício do povo. Quando o poder, a política, passa a apresentar risco de morte para as pessoas, e aqui, como presidente da Casa, eu me preocupo com o ocorrido sim, estaremos acompanhando atentamente as investigações, os desdobramentos que causaram este fato. Ninguém livremente toma uma decisão desta. Quando alguém esta abalado psicologicamente, é dever do outro ser humano quando sabe procurar dar alento a essa pessoa. Muitas vezes eu fiz isso quando ele me procurou, dando um conselho bom. Eu dizia que a vida é muito mais importante do que qualquer outro acontecimento que existe. A vida do vereador foi abreviada, quer por ação ou por omissão de alguém. Então eu penso que, sempre que fazemos o bem, colhemos o bem de volta. Eu tenho a certeza que nosso grupo político sempre fez o bem, nunca fizemos pressão para cima de um ou de outro. Espero que a Justiça aparece e que Deus determine a verdade ou castigue quem de alguma forma ajudou para que se concretizasse a morte deste companheiro que está fazendo uma grande falta e que representa um vazio na vida de muitas pessoas, principalmente, de sua família”.

[soliloquy id=”130807″]