Esta foi a terceira sessão extraordinária realizada para discutir o mesmo assunto
Pancadaria, desentendimentos e indefinição de que destino teve, afinal, o Projeto de Lei do Executivo 137, que autoriza o município a parcelar os débitos de contribuição previdenciária com o Instituto Municipal de Seguridade Social dos Servidores Municipais de Criciúma (CriciumaPrev). Foi este o saldo da sessão extraordinária realizada neste sábado na Câmara de Vereadores.
A sessão para a votação da proposta iniciou às 19h. Esta foi a terceira sessão extraordinária realizada para discutir o mesmo assunto. Nas últimas duas oportunidades, quarta e na quinta, o projeto não foi a votação. Nesta sexta, o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, afirmou que considera "lamentável" os motivos que levaram o projeto a não ser votado.
Conforme o site Clicatribuna, os vereadores da base de apoio do prefeito Clésio Salvaro dão o projeto como votado e aprovado por unanimidade, enquanto os de oposição não consideram válida a sessão realizada neste sábado.
Plenário lotado e PM presente
O plenário da Câmara estava lotado. Tanto por pessoas contrárias à aprovação quanto pelos favoráveis. Os dois grupos compareceram em grande número em frente ao Centro Profissional de Criciúma, edifício onde funciona a Casa Legislativa. A Polícia Militar, acionada para dar segurança à sessão, só autorizou a entrada de um número limitado de cada um dos grupos.
Vereadores trocam empurrões, chutes e socos
Durante a discussão entre Mattos e Edinho, o vereador João Fabris (PMDB, oposição) se dirigiu à tribuna pedindo para que o parlamentar do PSD respondesse aos questionamentos levantados por Mattos. Hulk não concordou com o uso da tribuna por parte de Fabris e se levantou para exigir que o peemedebista se retirasse dali. Fabris se recusou a sair e os dois trocaram empurrões.
A partir daí, começou a confusão generalizada. Fabris e Hulk desferiram socos e chutes um contra o outro. Outros vereadores e servidores da Câmara tentaram separá-los, mas tiveram trabalho. Enquanto isso, Mattos se aproximou da mesa diretora, pegou um documento oficial da sessão diante de Edinho e o rasgou na frente do público.
Mesmo sem solicitação do presidente da sessão, a Polícia Militar se viu obrigada a intervir e assim o fez, de acordo com o comandante do 9º Batalhão, o tenente-coronel Márcio Cabral, presente no local.
A briga se estendeu para um espaço de acesso restrito ao lado do plenário. Quem estava por perto se preocupou com o fato de que, ali, há uma janela de vidro que dá direto para a rua — e a Câmara de Vereadores funciona no sexto andar.
Indefinição quanto ao desfecho do projeto
Os ânimos foram acalmados logo em seguida pela Polícia Militar, pelos poucos parlamentares que ficaram alheios à confusão — como o pastor Jevis (PDT, base de apoio) e Thati Teixeira (PSD, base de apoio), por assessores e por funcionários da Câmara.
Segundo Itamar da Silva, o projeto foi aprovado por unanimidade, já que Edinho o colocou em votação em meio à confusão, votou a favor e nenhum dos outros se manifestou contrariamente. Os dois de oposição presentes não consideram válida a sessão.
Segundo eles, a composição da mesa diretora não foi feita de acordo com o Regimento Interno. Eles também apontam que não havia segurança para a realização da sessão.
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