Segundo a SES, o recomendado é que os municípios, caso tenham utilizado vacina sem autorização, registrem como caso adverso por erro administrativo.
Após o anúncio pelo Ministério da Saúde de que quase 800 adolescentes de Santa Catarina receberam doses não autorizadas pela Anvisa, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) manifestou que vai investigar o caso. A pasta enviará nesta sexta-feira, 17, um ofício a todos os municípios a fim de identificar se houve mesmo o equívoco ou se houve erro de digitação ou informação no sistema do Ministério da Saúde.
Segundo a SES, o recomendado é que os municípios, caso tenham utilizado uma vacina sem autorização, registrem o fenômeno como caso adverso por erro administrativo. A orientação do Ministério é de que esse público não recebe a segunda aplicação. Esses e outros possíveis equívocos dos estados e municípios foram utilizados pelo ministro Marcelo Queiroga para suspender a vacinação de adolescentes sem comorbidades ou não privados de liberdade. A interrupção gerou polêmica e reação nos bastidores.
O comportamento em relação ao fato divulgado pelo Ministério é semelhante ao que ocorreu semanas atrás após uma publicação do Jornal Folha de São Paulo indicar que foram aplicadas doses vencidas. À época, a SES também oficiou os municípios e descobriu que haviam informações incorretas no sistema. Nos bastidores, a exposição dos dados pelo Ministério da Saúde a fim de justificar a suspensão da vacinação de adolescentes foi chamada de “atabalhoada” e soou como “picuinha” do ministro. Gestores da saúde catarinense afirmam que não há embasamento técnico para realizar a suspensão.
Com informações da Rede Catarinense de Notícias