Os servidores municipais da Prefeitura de Orleans reuniram-se em assembleia na noite dessa quinta-feira (30), nas dependências da Câmara de Vereadores. Na oportunidade, 14 propostas foram discutidas e aprovadas por unanimidades e, na próxima segunda-feira (3), um ofício com as reivindicações será protocolado no paço municipal.
O prefeito Jorge Koch terá dez dias para responder. Posteriormente, os servidores municipais serão convocados para uma nova assembleia para avaliar as contrapropostas. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Braço do Norte e Região – Siscob, Wilson Althoff, em entrevista à Rádio Guarujá, contou que o encontro contou com participação massiva dos trabalhadores.
Entre os principais anseios, está o reajuste salarial. Segundo Althoff, a remuneração atual é defasada. “Buscamos o que perdemos no passado, quando servidores não tiveram reajuste. Então, solicitamos a inflação, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, mais um ganho real, entre aspas, porque na verdade é para recuperar o que já foi perdido”, explicou.
Solicitação referente ao polêmico auxílio alimentação também foi aprovada pelos trabalhadores. O Projeto de Lei Complementar, que instituiu o auxílio alimentação no valor de R$ 100 para os servidores públicos municipais foi aprovado pelos vereadores e, posteriormente, sancionado pelo prefeito Marco Antonio Bertoncini Cascaes. Contudo, o benefício não foi pago. O Siscob então entrou com um Mandado de Segurança Coletivo para garantir o direito, que ainda tramita na Justiça.
Agora, a reivindicação é que este valor seja atualizado para R$ 300. “Fizemos um cálculo ontem na assembleia. No mínimo, R$ 15 por dia para alimentação que, por 20 dias de trabalho, dá R$ 300. Este é o valor mínimo diário que se gasta. Atualmente, é R$ 5 por dia, mas sabemos que é um absurdo, ninguém mais consegue se alimentar com isso”, argumentou.
Para as agentes comunitárias de saúde, foi solicitado que 100% do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica – PMAQ sejam repassados a elas. “Esse dinheiro o Governo Federal está mandando para os trabalhadores para que haja justamente mais interesse e produtividade. Então esse dinheiro é do trabalhador, não é da Administração Municipal. Atualmente, apenas 50% são repassados, mas pedimos que 100% do valor vá para os trabalhadores, que é um direito”.
Os assuntos insalubridade e vacinação também foram abordados. “Há duas cozinheiras que trabalham nas mesmas condições, mas uma tem direito à insalubridade e a outra não, então é injusto”, explicou. “Pedimos vacinação para todos os servidores porque sabemos que todos os trabalhadores atuam em contato com outras pessoas. Atualmente, é só para os servidores da saúde, mas achamos importante para todos, pois estão vulneráveis à recepção do vírus e é fundamental que tenha uma saúde digna para trabalhar”, completou.