Política

Servidores de Forquilhinha podem ficar sem salários e 13º

Vereadores não aprovaram transposição de créditos adicionais, o que impede a prefeitura de fazer os pagamentos

Servidores municipais de Forquilhinha poderão ficar sem o salário do mês de novembro. A Câmara de Vereadores não aprovou na sessão de segunda-feira, o projeto que autoriza a transposição de créditos adicionais. O prefeito Lei Alexandre foi pessoalmente falar com os vereadores para pedir a aprovação do projeto, que é bastante rotineiro. No entanto, os vereadores Jerri Adriani Elias, Valcir Antônio Matias, Érico D’Amorim e Ivone Minatto posicionaram-se contra.

Sem a aprovação, os servidores ficam sem os salários que seriam pagos dia 30 de novembro. A segunda parcela do 13º salário, prevista para ser paga em 11 de dezembro, também fica comprometida. “Espero que o presidente da casa se sensibilize e convoque uma sessão extraordinária urgente para que possamos pagar os salários”, comentou o prefeito.

O projeto foi enviado a Câmara de Vereadores no dia 22 de outubro. Na manhã de hoje, uma reunião foi realizada para tratar do assunto no gabinete do prefeito. Estavam presentes o prefeito, o Secretário de Administração e Finanças Ademir Brandieli Pedro, o Procurador do Município Ander Luiz Warmling, a Contadora Zuleide Herdt Westrup, a responsável pelo Controle Interno Jadna Colombo, o presidente do Sindicato dos Servidores de Forquilhinha Jerson da Silva Mota e o tesoureiro Valmir Hobold. O presidente do sindicato se comprometeu a falar com o presidente da Câmara ainda hoje.

“Não se trata de nenhum desequilíbrio financeiro. É apenas o simples remanejamento de dotações para ajustes no orçamento de 2012, tendo em vista que algumas contas, provavelmente, não terão seus saldos utilizados em sua totalidade, transferindo assim, estes saldos, para as dotações com previsões menores que a necessidade atual”, explica o Procurador Ander Luiz Warmling. Ele complementa ainda que, por exemplo, na época da elaboração do Projeto da Lei Orçamentária de 2012 alguns fatos não eram previstos, como por exemplo, o reajuste do Piso do Magistério em mais de 22% (vinte e dois por cento), índice muito superior ao previsto. Outros eventos extraordinários como o tornado de 19 de fevereiro de 2012, a destruição de bens públicos, redes de iluminação pública, além da ocorrência de estiagem prolongada e prejuízos que resultaram em decreto de situação de emergência por desastre. “O município tem os recursos em caixa. Contudo não tem a dotação orçamentária para realizar os pagamentos”, finaliza o Secretário de Administração e Finanças Ademir Brandieli Pedro, que afirmou que caso não tenha solução para o impasse, os serviços de transporte escolar e toda a frota da administração devem parar a partir da próxima semana.

Carla Giassi/Comunicação Prefeitura de Forquilhinha