A união de forças entre os envolvidos nas negociações para a retomada dos atendimentos do sobreaviso no Hospital Santa Teresinha surtiu efeito e no início da noite de ontem os atendimentos voltaram à normalidade. De acordo com o gerente administrativo da instituição, Edvan Della Giustina, os médicos plantonistas da unidade reivindicam desde 2015 um aumento no valor pago pela hora – que era de R$ 14.
Representantes dos municípios de Braço do Norte, Grão Pará, Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima e São Ludgero chegaram a se reunir no gabinete do prefeito de Braço do Norte, com a presença do promotor público, Douglas Roberto Martins, do secretário regional da ADR, Ricardo Medeiros, e do presidente da Cerbranorte, Antônio José da Silva, para debater sobre o anúncio feito pelos médicos da suspensão do sobreaviso.
De acordo com o prefeito de Braço do Norte, Beto Kuerten Marcelino, a diretoria do HST enviou um ofício ao corpo clínico solicitando a retomada imediata dos serviços.
A Cerbranorte oficializou na reunião perante os municípios a intenção de formalizar um repasse à instituição, mediante a aprovação em assembleia geral ordinária e devidas legalidades. Porém, isso deve se dar somente quando da próxima assembleia ordinária, a ocorrer no início do próximo ano.
O Estado, através da ADR, segue com o cronograma com o qual se comprometeu, em audiência na semana passada, a realizar uma reunião com o secretário-adjunto de Estado de Saúde, André Bazzo, para atualização do repasse. Hoje, o Estado repassa mensalmente uma média de R$ 270 mil ao hospital, ou seja, mais de R$ 3 milhões ao ano.
Entenda o caso
Os médicos pleiteiam um aumento de suas remunerações no sobreaviso, em pretensão que vai além do que já está acordado no Termo de Ajuste de Conduta – TAC feito com o Ministério Público, e alegam que estão em conversação com os municípios para reajuste desde 2015. Porém, de acordo com o prefeito de São Ludgero, Volnei Weber, há dois anos os municípios estão discutindo quais as melhores formas de ajudar o HST. “A defasagem do sobreaviso nunca foi pauta das inúmeras reuniões em que estivemos durante este tempo, apenas a sobrevivência do hospital, mesmo com representantes do corpo clínico. Tanto que os municípios estão colaborando”, comentou.
Com informações do Jornal Diário do Sul