O delegado geral da Polícia Civil de Santa Catarina explica que, independente se ele estava ou não em surto no momento do ataque a creche, ele será responsabilizado pelo crime
As investigações acerca do ataque registrado no Centro de Educação Infantil Cantinho Bom Pastor em Blumenau seguem em andamento e o delegado geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, explicou que, independente se o autor do crime estava ou não em surto no momento do ato, ele será julgado de qualquer jeito.
“Estando ou não em surto, não afeta em nada. Se ele for mentalmente insano, será aplicada medida de segurança. Se for são, vai a júri perante o tribunal. Será julgado de qualquer jeito”, explicou o delegado geral.
Sobre o exame de insanidade mental, o delegado informou que a Polícia Civil pode representar pelo incidente de insanidade, mas que será analisado no final do inquérito se fará esse pedido.
Sobre a diferença de penas aplicadas, o delegado explica que, caso seja declarado que ele estava mentalmente insano no momento do crime, uma medida de segurança será aplicada, que visa prevenir que outros crimes sejam praticados pelo indivíduo.
Há duas espécies de medida de segurança: a primeira é internação, medida detentiva em que o indivíduo fica internado em um hospital de custódia; a segunda é a detenção, onde o indivíduo é submetido a tratamento ambulatorial.
Por enquanto não há um processo judicial contra o autor do ataque às crianças da creche, pois a Polícia Civil está trabalhando no inquérito para identificar a motivação do crime e outras informações sobre o ocorrido.
Relembre o caso
Na última quarta-feira (5), a Creche Cantinho Bom Pastor, no bairro da Velha, foi alvo de um ataque que matou quatro crianças e deixou outras cinco feridas.
Um homem de 25 anos pulou o muro da instituição e tirou a vida das crianças ao agredi-las com uma machadinha. Em coletiva, o governo do Estado confirmou que o homem tinha outras quatro passagens pela polícia, entre elas por tentar esfaquear o padrasto. Ele se entregou à polícia logo após cometer o crime.
Com informações do ND+