No último Concurso Público da prefeitura, de 58 profissionais inscritos, 13 foram selecionados e apenas dois se manifestaram
Seis Unidades Básicas de Saúdes (UBSs) de Criciúma estão sem médicos, situação que vem se arrastando há meses. O posto do bairro São Roque, por exemplo, precisou ser fechado pela falta de especialistas. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a prefeitura está tendo dificuldades para novas contratações devido ao desinteresse dos profissionais no Concurso Público. No último processo seletivo, dos 58 inscritos, 13 foram selecionados, mas apenas dois se manifestaram
Elizabete Assunção dos Santos, de 66 anos, é moradora do bairro Vila Esperança. Há cerca de 15 dias a criciumense se dirigiu até a UBS onde reside e se deparou com a situação: a unidade estava sem médico. “Eu precisava passar por uma consulta para conseguir uma receita médica, mas não tinha profissional para atender”, explicou.
Na tarde de ontem, Elizabete foi ao Pronto Atendimento 24 Horas do bairro Boa Vista. No local, ela recebeu os atendimentos necessários e conseguiu o remédio que estava precisando.
“Existem algumas unidades vizinhas que estão com a falta de médico, mas todas as pessoas que vêm até aqui, nós damos o suporte necessário. Aqui nós fizemos vários tipos de atendimento, inclusive temos uma ala com cinco salas diferentes, de emergência, ambulatório, pequenas cirurgias, confecção de carteirinha de saúde e de pronto atendimento”, explicou o gerente do Pronto Atendimento 24 Horas Boa Vista, Frederico José Godinho.
Ainda, de acordo com Godinho, a escala de médicos da unidade que gerencia não sofreu nenhuma interrupção. Juntando todos os tipos de assistências realizadas no local, o 24 Horas Boa Vista soma mais de quatro mil atendimentos mensais.
De acordo com o secretário de Saúde de Criciúma, Arleu da Silveira, a tendência do quadro é piorar. Por isso, tem uma reunião marcada com o Ministério Público na próxima semana. “Irei conversar sobre a falta de médicos, é uma situação que estamos vivendo e está prejudicando a população”, informou.
Medicamentos na Rede Municipal
Lúcia Helena Floriano, de 32 anos, mora no bairro Mina do Toco e na tarde de ontem não conseguiu um remédio antibiótico na UBS do local onde reside, que foi receitado para a filha. A informação dada pelo posto de saúde é que o medicamento (Amoxilina) está em falta.
Segundo Arleu da Silveira, a Rede Municipal de Saúde está abastecida com todos os remédios necessários, inclusive os antibióticos. “Nós estamos com controle total nessa questão, tive conversando com a farmacêutica responsável pelo almoxarifado porque sabemos que no inverno, alguns quadros pioram. O que falta muitas vezes é a solicitação do remédio pela gerência da unidade”, salientou.
“O morador também tem autorização e direito de solicitar o remédio que precisa em outra UBS”, acrescentou o secretário de Saúde.
Com informações do TNSUL