A greve no Hospital Regional de Araranguá (HRA) segue sem data para terminar. Em audiência realizada na tarde de ontem, os trabalhadores decidiram manter a paralisação em resposta a tentativa do Instituto de Desenvolvimento de Ensino e Assistência a Saúde (Ideas) em assumir a gestão.
Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e Região (SindiSaúde), Cléber Cândido, a situação continuará até que o Governo do Estado dê uma garantia quanto à manutenção dos empregos.
“Definimos a ocupação mais forte como nunca e 100% de paralisação. Vamos atender somente casos de extrema urgência no Pronto Socorro. Ou seja, ou o Estado resolve esse problema junto aos trabalhadores e a gente volta a trabalhar normalmente, ou a gente vai continuar em greve. Entendemos que o Ideas quer dar um grande golpe no trabalhador junto com o Governo do Estado e não querem garantir nem a rescisão dos trabalhadores e nem a contratação dos mesmos. Ou seja, não querer fazer sucessão e nem pagar as verbas trabalhistas. Por isso nosso posicionamento de manter a greve”, destacou.
O impasse
A Secretaria de Estado da Saúde publicou no Diário Oficial do dia 21/12 a rescisão do contrato de gestão com a SPDM, bem como o contrato emergencial, pelo período de seis meses com o Instituto Ideas. Porém, o juiz de plantão da Comarca da Capital, Luis Francisco Delpizzo Miranda, negou ação de Imissão de Posse ajuizada pelo Ideas contra a SPDM e o Estado de Santa Catarina. Na ação, o Ideas pediu a desocupação forçada da SPDM do HRA.
Segundo Cândido, o Ideas ainda entrou no HRA na manhã desta segunda-feira. “O Ideas mesmo sem autorização judicial, entrou hospital tentando coagir os trabalhadores e intimidar, dizendo que quem administra é eles, simplesmente com o ofício do secretário do Estado, o que é uma desobediência jurídica. Não podiam estar fazendo isso’, revela.