Clima

SC registra alto índice de chuva e alagamentos em várias cidades

Foto: Bombeiros de São Joaquim/Divulgação/G1 SC

Foto: Bombeiros de São Joaquim/Divulgação/G1 SC

A Defesa Civil estadual informou, em nota de alerta, que as chuvas que atingem Santa Catarina desde a tarde desta quarta-feira (16) deixaram rios cheios e solo saturado em pelo menos 26 cidades, principalmente no sul do estado, com pelo menos 10 cidades afetadas. Os prejuízos ainda estão sendo levantados, informou o órgão.

De acordo com a Defesa Civil, houve elevado volume de chuva em 24 horas, com risco de inundações, alagamentos e deslizamentos de terra nos seguintes municípios:

Timbé do Sul: 180 mm
Morro Grande: 165 mm
Meleiro: 154 mm
Ermo: 139 mm
Santa Rosa de Lima: 138 mm
Sombrio: 126 mm
Forquilhinha: 124 mm
Orleans: 121 mm
Jacinto Machado: 120 mm
Araranguá: 119 mm
Garopaba:117 mm
São Joaquim: 116 m
Nova Veneza: 109 mm
Santa Rosa do Sul: 108 mm
Grão Pará: 108 mm
Içara: 107 mm
Criciúma: 88 mm
São Martinho: 85
Rio Fortuna: 79 mm
Balneário Gaivota: 79 mm
Anitápolis: 78 mm
Jaguaruna: 78 mm
Armazém: 78 mm
Braço do Norte: 77mm
São Bonifácio: 72 mm
Laguna: 71 mm

Timbé do Sul, no Sul do estado, registrou o maior acumulado de chuva até a tarde desta quinta, com 180 milímetros em 24 horas, segundo a Defesa Civil. Pontes ficaram cobertas por água e a chuva inundou muitas estradas. 

Com o temporal, o principal rio da cidade está a um metro e meio acima do normal. Três comunidades estão completamente isoladas, afetando mais de 500 famílias.

Em Balneário Rincão, a comunidade de Barra Velha foi a mais atingida, de acordo com a prefeitura da cidade. “Neste bairro estudamos retirar três famílias, no entanto, como a chuva parou, elas permaneceram em suas residências. Continuaremos em estado de alerta, e com a equipe de plantão à disposição da população”, declarou o coordenador da Defesa Civil no município, Roger Guimarães. Muitas ruas da cidade ficaram alagadas.

Em São Joaquim, na Serra,  bocas de lobo ficaram cheias e água invadiu uma residência na parte alta da cidade. No bairro Jardim Bandeira, bombeiros também ajudaram moradores de uma casa invadidas pelas águas de um rio que transbordou. Pelo menos duas famílias ficaram ilhadas.

Já no Vale, em Itajaí, a Rua 7 de Setembro ficou alagada e teve que ser drenada. O trecho perto do terminal rodoviário precisou ser fechado.

Vento e granizo

A Defesa Civil de Santa Catarina informou que o alerta de altos níveis de chuva, possibilidade de granizo e fortes ventos está mantido até o final de semana. Nesta quinta-feira (17), a Epagri/Ciram informou que as rajadas de vento chegaram a 128 km/h no Morro da Igreja, em Bom Jardim de Serra, na manhã de quarta (16).

Por volta das 12h, alguns municípios do Sul já registravam alagamentos pontuais na região. Içara, Forquilhinha, Criciúma, Siderópolis, Nova Veneza e Balneário Rincão tinham ruas inundadas, mas sem registro de desalojados ou desabrigados.

Entre a tarde de quarta e a manhã desta quinta, ao menos 27 cidades de todas as regiões do estado tiveram ocorrência de granizo. Não havia registro de danos ou prejuízos maiores nas cidades com registro de chuva e granizo, até o início da tarde desta quinta.

Aulas canceladas

Em Timbé do Sul, a Defesa Civil informou que o município suspendeu as aulas em escolas da rede municipal e estadual nesta quinta-feira por prevenção.

Volume de chuva

Até as 5h desta quinta, algumas cidades do Sul catarinense haviam registrado metade do volume de chuva previsto para o mês inteiro na região. A Defesa Civil afirma que a média de precipitação em setembro é entre 150 e 200 mm no Sul.

Segundo a Epagri/Ciram, em 18 horas, Meleiro, no Sul, foi a cidade com o maior volume registrado, 91 mm.

"Até amanhã [sexta] há possibilidade de chuva mais significativa, deve perdurar com mais intensidade. Sábado (19) ainda tem ocorrência de chuva, com menor intensidade", diz o diretor de Prevenção da Defesa Civil, major Fabiano Souza. Sul e a Serra devem ser as regiões com maior precipitação, vento e ocorrência de granizo, mas todas as regiões devem ser afetadas.

De acordo com Souza, os moradores de regiões de áreas de risco devem prestar atenção aos sinais e acionar a Defesa Civil quando houver indícios de problemas.

Com informações do site G1 SC