Há 37 anos a instituição faz parte da família de Ricardo Martinello, que vê seu legado escolar ser passado para as filhas
Em 1987, quando a forma de ingresso na Satc era a partir de uma prova de seleção, com seus 10, 11 anos, Ricardo Martinello começou a escrever sua história de 37 anos com a instituição, que vem ensinando gerações. Iniciando seus estudos na 5ª série do Ensino Fundamental, o menino, filho de agricultores da região do Capão Bonito, em Criciúma, foi incentivado pelo pai, que falava que o “Colégio é muito bom e que formava pessoas para o mercado de trabalho”, conta. Essa história foi representativa para sua vida, e Ricardo escolheu a Satc para formar suas filhas, passando seu legado de aprendizado e conhecimento.
Em uma época em que o trabalho familiar era muito forte, os pais de Ricardo perceberam que suas terras eram poucas para manter todos os filhos na agricultura. E, como era um dos mais novos, os estudos foram o caminho para o jovem garoto. “Tinha alguns vizinhos que já estudavam na Satc, e meu pai me incentivou a entrar também. Estudei até a 7ª série e, quando houve a crise do carvão e a escola fechou o 1º grau, fui forçado a fazer a 8ª série em outro colégio”, relembra.
O desejo de se formar no Ensino Técnico já era grande nessa época, e o retorno de Ricardo para a Satc foi no 1º ano do Ensino Médio, no Curso de Eletrotécnica, em 1992. “Este Técnico foi fundamental na minha carreira profissional, pois, através dele, pude fazer estágio e trabalhar oito anos em uma grande empresa de Joinville. Fui para lá com 17 anos, sendo uma verdadeira escola de vida para mim, que nunca tinha saído de Criciúma. Neste período, fiz o curso de Engenharia Elétrica, sendo que o conhecimento adquirido na Satc contribuiu muito para o meu desempenho na graduação”, destaca.
Para Ricardo, a Satc foi tão importante para sua história que sentiu que precisava retribuir de alguma forma tudo o que lhe foi proporcionado. “Após uma visita em 2001, quando estava concluindo o curso de Engenharia, surgiu o convite para ingressar no corpo docente da instituição. Assim, iniciei como professor dos Cursos Técnicos de Eletrotécnica e Eletrônica. A partir daí, foram 12 anos de trabalho na instituição, até que resolvi me aventurar em uma atividade empresarial”, comenta.
Um legado de gerações
Levando consigo um legado de reconhecimento e muito aprendizado de vida, Ricardo viu na Satc o melhor caminho de ensino e formação para suas filhas. “Maria Luisa iniciou seus estudos no 1º ano do Ensino Fundamental e hoje está no 2º ano do Ensino Médio, cursando o Técnico de Design. A Estefani ingressou desde a Educação Infantil e hoje está no 7º ano. Dessa forma, a Satc faz parte de nossas vidas há 37 anos”, destaca.
Para a diretora do Colégio Satc, Izes Machado Beloli, a conexão familiar que a instituição carrega em 65 anos é muito especial. “Para nós, ver famílias inteiras estudando aqui — filhos, pais, avós, primos — representa a confiança que têm em nós. A Satc tem em seu pilar a educação, mas é construída muito mais que isso: são laços afetivos, conhecimentos de vida e ensino de gerações que se tornam profissionais de referência no mercado”, ressalta.
Além de reconhecer na sua história a transformação que a instituição proporciona, é nas filhas que Ricardo vê grandes mudanças. “Sempre incentivei minhas filhas sobre a necessidade de fazer um curso profissionalizante. Além de encaminhar para o mercado de trabalho, também é fundamental para a formação como pessoa. Hoje, agradeço muito à Satc por ter me permitido fazer o Curso Técnico e também por ter me permitido contribuir com a formação de muitos jovens para suas carreiras”, finaliza Martinello.