Na área urbana, cada novo loteamento que surge ou construção é obrigatório fazer o ligamento do esgoto doméstico na rede do Samae, que tem o destino a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), localizada no centro da cidade
Foto: Divulgação PMSL
O projeto “São Ludgero 100% Esgoto Sanitário Tratado nas Áreas Urbana e Rural”, segue sendo executado pela Prefeitura de São Ludgero. Foram instalados mais oito Sistemas Individuais de Tratamento (SITs), gratuitamente, em residências nas comunidades de Bom Retiro e Ponte Baixa. Os trabalhos e investimentos são realizados em parceria entre a Prefeitura (Secretarias de Agricultura, Comércio, Indústria e Turismo e Secretaria da Saúde/Vigilância Sanitária) e o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae).
O projeto “São Ludgero 100% Esgoto Sanitário Tratado”, alcançou o marco zero no dia 22 de março de 2018. Na área urbana, cada novo loteamento que surge ou construção é obrigado a fazer o ligamento do esgoto doméstico na rede do Samae que tem o destino a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), localizada no centro da cidade. Lá é realizado um processo totalmente natural de despoluição através de bactérias aeróbias e anaeróbias. Na área rural, após a instalação do Sistema Individual de Tratamento (SIT) em todas as residências existentes, desde 2018, cada nova residência que surge, uma solicitação é feita com cadastro realizado na Secretaria de Agricultura.
A partir daí, a Prefeitura em parceria com o Samae, realizou a instalação do sistema, gratuitamente, com investimento médio de R$ 2,5 mil e o compromisso da família em fazer a manutenção para que o sistema permaneça eficiente. Na parceria para instalações na área rural a Prefeitura, por meio da Secretaria da Saúde/Vigilância Sanitária, realizada a compra dos Sistemas Individuais de Tratamento (SITs) e o Samae com a Secretaria da Agricultura entram com a máquina, acessórios e funcionários capacitados para instalação. O sistema foi desenvolvido para a realidade das famílias locais da área rural. Trata-se de um kit de saneamento, onde o esgoto doméstico passa por duas fossas, filtro e o efluente final ainda passa pelo círculo de bananeiras ou plantas que absorvem bastante água para a purificação final.
Para o Diretor do Samae, Maihcon Matias, e o Secretário de Agricultura, Comércio, Indústria e Turismo, Paulo Sérgio Lorenzetti, o projeto é contínuo, é atualizado constantemente, e os investimentos seguem com a participação e parceria dos moradores. “É um projeto da cidade, é um projeto de todos nós, um projeto que é orgulho e gera qualidade de vida às pessoas”, pontuam.
O prefeito de São Ludgero, Ibaneis Lembeck, o Iba, diz que o projeto “São Ludgero 100% Esgoto Sanitário Tratado” é um investimento que oportuniza não só qualidade de vida às famílias hoje, ele está contribuindo significativamente com as futuras gerações e contribui diretamente na preservação da água e do Meio Ambiente num todo. “Registro, ainda, que é um trabalho de décadas, de visão de vários gestores públicos e participação das famílias. Muitos desafios foram superados para chegarmos até aqui e o projeto segue, não tem fim”, resume.
O tratamento do esgoto no perímetro urbano iniciou em 1990, com a participação direta da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e, na área rural em 2006, com a Epagri e as famílias decidindo investir os recursos do Microbacias no desenvolvimento e instalação do sistema individual de tratamento.
São Ludgero recebe, anualmente, comitivas para entender melhor o trabalho desenvolvido e o êxito do projeto alcançado que atualmente é referência para a região, para Santa Catarina e o Brasil.