Vencimentos de fevereiro vieram sem regência de classe e triênios para os funcionários efetivos.
Depois de uma greve que durou dois meses no ano passado, professores da rede estadual voltam a reclamar do salário. Desta vez, a discussão não é por aumento, mas por pagamento.
Na última terça-feira, quando todos os 40 mil profissionais da categoria deveriam receber, muitos deles perceberam que seus vencimentos de fevereiro simplesmente não vieram ou estavam com valores bem abaixo do esperado. Desde a semana passada, quando a folha já estava disponível para consulta, professores de todo o Estado procuraram o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) para denunciar.
A entidade constatou que a maioria dos problemas está relacionada ao não pagamento das regências de classe e triênios aos efetivos e dos salários integrais a muitos admitidos em caráter temporário (ACTs). O Sinte não tem a quantidade exata de professores que enfrentam o problema, mas estima que aproximadamente a metade constatou alguma irregularidade.
Em Lages, só no Colégio Industrial, um dos maiores da cidade, quase todos os 60 profissionais efetivos não receberam a regência de classe, que corresponde a 25% do salário.
O Sinte agendou para a próxima segunda-feira, às 17h, uma audiência com o secretário de Educação, Eduardo Deschamps, para discutir o assunto, que será debatido também na assembleia estadual dia 15. Em documento enviado a todas as Gerências Regionais de Educação (Gereds) no último dia 16, a então diretora de Gestão de Pessoas da secretaria, Elizete Freitas Mello, afirmou que uma folha de pagamento suplementar será lançada até a segunda semana de março.
Na quinta-feira, no dia em que assumiu o cargo devido à saída de Elizete após a reforma administrativa, a nova diretora, Lúcia Steinheuser Gorges, não comentou a situação. Por meio da assessoria de imprensa, a secretaria confirmou que o pagamento sairá semana que vem.
Diário Catarinense
Foto: Guto Kuerten