Mais de 400 filiados e lideranças de PMDB, PT e PCdoB participaram de encontro neste sábado.
Denominado como atividade de trabalho partidário, o encontro da manhã deste sábado em um sítio do Morro Estevão reuniu mais de 400 filiados e lideranças de PMDB, PT e PCdoB que discutiram problemas de Criciúma e incrementaram o discurso em prol da chapa que terá Romanna Remor para prefeita e José Paulo Serafim para vice em candidatura de oposição nas eleições de outubro.
“Convidamos lideranças dos partidos que estão dispostos a debater e construir um outro caminho para a cidade. Queríamos enxergar através dos olhos destas pessoas a Criciúma que não aparece na propaganda oficial do governo, nos folders e outdoors”, afirmou Romanna. “Uma simples atividade interna, de trabalho, já reuniu tantos líderes. Quando a campanha começar teremos dificuldade de encontrar local para tanta gente”, brincou a pré-candidata.
O pré-candidato a vice-prefeito, José Paulo Serafim, afirmou que já era hora de PT e PMDB estarem juntos na cidade, como acontece no Governo Federal. “Vejo esses partidos como dois irmãos, filhos da mesma mãe, que é o MDB da luta pela redemocratização. Por terem nascido tão próximos, já brigaram muito, mas quando vem alguém de fora e faz mal para casa, os irmãos se unem para combater o mal”, apontou Serafim.
O deputado federal Ronaldo Benedet (PMDB) deu o tom mais apimentado ao encontro, citando o que batizou de lavagem cerebral. “A economia da cidade está em colapso, com queda significativa na arrecadação de ICMS e redução na geração de empregos em 40%. A saúde está um caos, doente. Abrir buracos com obras mal planejadas e usar isso para passar a imagem de um governo realizador é tentar fazer uma lavagem cerebral nas pessoas”, cutucou Benedet.
Em nome do PC do B, o vereador Douglas Mattos destacou as irregularidades apontadas pela CPI do Esgoto. “Para vocês terem ideia, Criciúma pagou por lajotas novas em uma pavimentação de mais de dois mil metros quadrados na Rua Frei Caneca. Fomos apurar e constatamos que essa rua possui menos de 600 metros e foi pavimentada com lajotas usadas. Sem contar a quantidade de obras milionárias contratadas sem licitação e executadas por parentes de pessoas do governo. Isso é dinheiro público usado de forma indecente”, afirmou o vereador.
Os líderes e filiados tiveram a oportunidade de relatar o abandono dos bairros e sugerir ações que deverão pautar o plano de governo da oposição.
Lucas Borges/A Tribuna