Idosos e crianças são os que mais sofrem com o problema, aponta especialista.
Beber líquidos regularmente é mais do que um hábito saudável, pois, quando falta água no organismo, os efeitos podem ser devastadores. A desidratação é uma questão séria que afeta a população, e o risco aumenta durante o verão, especialmente entre crianças e idosos. A gastroenterologista do Grupo São Cristóvão Saúde, Dra. Tábata Antoniaci, explica que essas faixas etárias são mais sensíveis ao problema. “As crianças desidratam mais facilmente devido às suas características biológicas; os idosos, geralmente, sentem menos sede e costumam fazer uso de medicamentos diuréticos”, destaca.
A grande perda de líquidos e a baixa reposição acabam interferindo em grande parte dos processos realizados pelo corpo, como a digestão. “Todas essas funções são afetadas quando há um desequilíbrio entre a necessidade e a ingestão (de água)”, afirma Cintya Bassi, nutricionista do Grupo São Cristóvão Saúde.
Um levantamento feito pela Secretaria da Saúde de São Paulo em 2013 revelou que, naquele ano, os hospitais públicos receberam uma média de 25 pessoas por dia vítimas de desidratação. Segundo Cintya, esse quadro se agrava em dias quentes, devido à maior perda de água do corpo, por meio do suor, que libera calor e mantém a temperatura corporal equilibrada.
Sintomas da desidratação
Dor de cabeça, sede intensa e boca seca podem servir de alerta. Esses são os primeiros sintomas que indicam que a quantidade de líquido no organismo está baixa. Além deles, outros sintomas podem aparecer, dependendo da intensidade do problema:
Desidratação leve e moderada: pele seca, olhos fundos, diminuição da sudorese, cansaço, dor de cabeça, tontura e, em bebês, moleira afundada.
Desidratação grave: queda de pressão arterial, perda de consciência, convulsão, coma, falência de órgãos e morte.
De acordo com a gastroenterologista, a desidratação, em longo prazo, acaba prejudicando a função do intestino de retirar água do que comemos e bebemos para usar nas funções vitais do corpo. O ideal, para evitar essa situação, é aumentar a ingestão de água.
A médica conta que alguns alimentos podem ser bons aliados nessa hora. “Alface, beterraba, couve, tomate, aipo, rabanete, carambola, pepino, morango, melancia e melão possuem alta concentração de água em sua composição, o que ajuda a manter o organismo bem hidratado e funcionando corretamente”, diz Dra. Tábata.
No caso das crianças muito pequenas, que ainda não sabem comunicar quando estão com sede, e dos idosos em idade mais avançada, é preciso intensificar a oferta de líquidos durante o verão. A melhor forma de fazer isso é deixar recipientes com água fresca ao alcance da mão e incentivá-los a beber um pouco a cada hora.
De qualquer forma, todas as faixas etárias ficam mais suscetíveis à desidratação durante o verão, portanto, a dica da nutricionista é sempre carregar uma garrafa de água. “É preferível criar o hábito de ingerir líquidos ao longo do dia ao de consumi-los somente quando a sede aparece”, explica.
Colaboração: Comunicação / Vivian Fiorio