Foram favoráveis a CPI os vereadores do PMDB, além de Ricardo Fabris (PDT) e Dr. Mello (PT).
Foto: Lucas Colombo/Clicatribuna
Após 1h20min de discussão, os vereadores votaram, em sua maioria, a favor do parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que pedia a rejeição do requerimento protocolado pelo vereador Dr. Mello (PT), ou seja, o arquivamento da Comissão de Inquérito, que teria como finalidade apurar possíveis irregularidades no convênio entre o Governo Municipal e a Unesc. O relator foi o vereador Rivadavio Rosso (PP). Votaram contrários ao parecer da Comissão, os vereadores da bancada do PMDB, além de Ricardo Fabris (PDT) e Dr. Mello (PT).
O presidente Itamar da Silva (PROS) colocou em discussão o parecer da comissão e durante o processo o vereador Rivadavio Rosso usou a Tribuna para argumentar a conclusão. “Hoje estive conversando com procurador da Unesc. Recebi toda a documentação. Fui à prefeitura. Com a CPI não vamos fazer nada mais do que apurar e mandar para o Ministério Público (MP). Vamos fazer um trabalho que a Unesc já fez e a prefeitura está fazendo”, argumentou o relator.
O vereador Ricardo Fabris (PDT) salientou que a Casa é de debates. “Desde que entrei tenho aprendido muito e amadurecemos com um tempo, e uma coisa que aprendi é o respeito, e respeito à opinião de todos. Sou a favor da CPI. Este assunto tem mexido com o Paço municipal e tem mostrado preocupação grande com a instalação ou não da CPI. Não consigo entender as razões para o prefeito não querer a CPI. Não sei o porquê o prefeito quer esconder do cidadão o que se passou. É medo da verdade ou fraqueza da política. Aonde foi parar o dinheiro. A Unesc fez o seu papel e apontou que foram desviados mais de R$ 700 mil dos cofres da prefeitura. O homem público não pode ter medo da verdade”, comentou Fabris.
“Desde o início do debate, o prefeito foi o motivador para que todos os fatos fossem apurados. Não entendo o porquê desta Casa fazer o papel duplo, sendo que se for apontadas as irregularidades serão encaminhadas ao MP”, acrescentou o líder de governo, Daniel Freitas (PP).
Silvio Avila Junior (PP) fez coro ao líder do governo. “Para que vamos envolver os vereadores, assessoria jurídica, se o trabalho está sendo feito”.
“Temos que fiscalizar. Esta casa está se furtando o seu dever constitucional de ir a fundo nesta questão”, reforçou Mello. “Respeito à opinião de todos, e sou a favor da CPI, porque quando fui eleito, foi para fiscalizar. Esse dinheiro poderia ser utilizado para muitas coisas na saúde”, disse Tita Beloli (PMDB).
Já a parlamentar Tati Teixeira (PSD) destacou o papel enquanto legislador e vereador, que é fiscalizar e legislar, e disse que não está defendendo que os fatos não sejam investigados. “Confio no trabalho do MP. A nossa casa tem função de legislar, mas acredito acima de tudo no trabalho que o MP vai fazer”.
Vanderlei Zilli (PMDB) ressaltou a importância da discussão e que o papel está sendo feito. “Respeitamos quem é favorável ou contra. Podemos orientar e assessorar o MP. A bancada do PMDB é favorável a instalação da CPI”, disse.
Salesio Lima (PSD) e Pastor Jevis (PDT) também entraram na linha de que há um órgão competente para isso, no caso o MP. Camila do Nascimento (PSD) também usou a tribuna para argumentar seu voto e salientou o forte trabalho do MP.
Paulo Ferrarezi (PMDB) declarou que é a favor da CPI. Moacir Dajori (PSDB) usou a Tribuna para relatar que o voto é consciente, e é contra a CPI, pois o caso já está no MP. Edson Aurélio (PSDB) também usou a Tribuna para relatar que o assunto está no MP e acredita no órgão.
O presidente da Casa, Itamar da Silva (PROS) salientou que o prefeito está democraticamente atendendo a todos. Ele lembrou que em 2005, quando o prefeito era Decio Góes, disse que iria apoiar porque queria o melhor para a cidade. Depois ele não assumiu e Anderlei Antonelli também teve seu apoio. “O prefeito já havia feito a sindicância. A Unesc fez o mesmo e o MP também. Todo o encaminhamento está sendo feito. Se o prefeito ou a Unesc omitissem as informações aí sim. Vamos votar a favor da cidade”, finalizou.
Colaboração: Daniela Savi