Acusado de um dos crimes mais bárbaros registrados na região foi recapturado no Bairro Coloninha, em Araranguá
Foto: Saulo Pithan/Jornal Correio do Sul/DIC Araranguá
A liberdade de um dos acusados de um dos crimes mais bárbaros registrados nos últimos anos na região do Vale do Araranguá durou menos de 48 horas. A.A.V., 26 anos, foi recapturado pela Polícia Militar na Rua Governador Celso Ramos, no Bairro Coloninha, em Araranguá, nessa quarta-feira.
–>Santilino Francelino Custódio, 77 anos, foi vitimado brutalmente
–>Preso acusado de torturar idoso
A companheira dele, V.S.R., 41 anos, se entregou à polícia, na mesma delegacia a qual fugiu, no início da tarde de ontem. O casal confessou ter torturado o aposentado Santilino Francelino Custódio, 77 anos, na casa dele, localizada na área central do Arroio, na madrugada do dia 11.
Homem rendeu policial
Em depoimento ao delegado Jorge Giraldi, V., que é natural de Carazinho (RS) revelou que teria sido obrigada pelo parceiro a fugir, após ele render o único agente de plantão no distrito policial. A fuga ocorreu por volta das 22h. Para conseguir imobilizar o policial, A. desprendeu as algemas com uma arma artesanal, produzida por meio de uma colher, e o sufocou com um cobertor. A dupla estava na delegacia devido à falta de vagas a presos provisórios no Presídio Regional de Araranguá.
Ele e o agente, de 56 anos, entraram em luta corporal por aproximadamente dez minutos, e após a fuga, o servidor de Segurança Pública, ainda foi algemado. O casal saiu pela janela da delegacia levando a pistola (.40) com 24 munições do agente, além da carteira dele com R$ 30. Com um aparelho celular no bolso, o policial conseguiu acionar socorro.
Buscas à procura dos foragidos
Diversos policiais civis realizaram buscas que percorreram a madrugada se estendendo até o outro dia pela região. A carteira do policial foi encontrada em uma churrasqueia em uma residência somente utilizada na temporada no Arroio.
Cinco horas de tortura
O aposentado, que morava na Rua Otávio Remiro do Canto, a mais de 30 anos, segundo a perícia, foi torturado por aproximadamente cinco horas pelo casal durante o roubo seguido de morte. O idoso foi localizado por vizinhos só de cueca, de bruços, com diversos sinais de agressão pelo corpo. Suas mãos e pés estavam amarrados. Também havia uma faca fincada na perna e, ainda, com um cobertor, um lençol e um tapete enrolados na cabeça. Havia sinais de queimaduras de cigarro e cortes por faca por todo corpo, além de marcas de chutes, socos e pauladas.
A dupla fugiu levando o carro dele; que foi localizado no mesmo dia a poucos metros do local do crime; dois televisores, um microondas, e um aparelho de DVD. Os objetos também foram recuperados após ação da Polícia Civil que resultou na prisão da dupla na noite do dia 12.
Acusado estava na casa de traficante
Segundo agentes da Divisão de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Civil de Araranguá, A. estava na casa, minutos antes da recaptura, de um traficante no Bairro Arapongas. J.J.E., 21 anos, foi autuado em flagrante pelo comércio ilegal de entorpecentes e porte ilegal de arma. A prisão ocorreu na casa dele também no período da manhã.
Segundo o delegado Jorge Giraldi, na residência foram apreendidas 140 pedras de crack e mais uma bucha contendo fragmentos e pedras ainda não embaladas, uma balança de precisão, uma espingarda calibre 32 e R$ 286 (conforme segunda foto).
“Dinheiro este oriundo do tráfico. J. estava cumprindo pena em regime aberto por condenação anterior pelo mesmo crime e também retornou ao Presídio Regional de Araranguá”, completa Giraldi.
A Tribuna