A escola precisa ser inovadora, não para trabalhar a mudança, mas acompanhar a mudança.
Muito se tem discutido sobre os problemas da educação, o desinteresse dos alunos, o fracasso escolar, a desmotivação, enfim problemas do cotidiano educacional que afligem famílias e educadores, e por que não dizer os próprios alunos, peças-chaves do processo, os quais conduzirão a sociedade. Numa sociedade que evolui de maneira tão espantosa, que geração é esta que tanto preocupa os educadores? Qual o perfil desses jovens? O que eles querem? Eles são o problema ou somos nós, pais e educadores, que não estamos conseguindo acompanhar a evolução deles?
No decorrer de sua história qualquer nação passa por diferentes contextos econômicos, sociais, tecnológicos e políticos que impactam as gerações. Os cidadãos de cada era crescem com características próprias que exigem novos desafios, novas maneiras de pensar, de ensinar, de agir, trazendo consigo um perfil muito diferenciado. Estamos vivendo a revolução tecnológica, digital e cientifica, também chamada de quarta revolução industrial ou indústria 4.0. As mudanças se sucedem, porém hoje com maior velocidade; o que outrora levava dezenas de anos para acontecer, hoje muda quase num piscar de olhos. Essa é a realidade que vivemos, valendo lembrar aqui o pensamento do Professor Almeida Marins: “os caminhos que nos trouxeram até aqui não serão os mesmos que nos levarão doravante”. Por que dizer isso para falar do aluno do século XXI? Porque a metodologia de ensino não pode continuar sendo a mesma do século passado, pois nossos alunos, do ensino fundamental ao superior, são os nascidos na era da tecnologia, os chamados nativos digitais que não conhecem outro mundo que não seja o digital.
Nossos educadores são de outra geração, e muitos deles com dificuldades para acompanhar o novo perfil de aluno. Sem abandonar todo conhecimento acumulado, precisam se aliar às tecnologias para modernizar o ensino e encantar esta geração inquieta e ansiosa. É impossível continuar ensinando como no século passado um aluno que chega à escola, na maioria das vezes, bem mais informado que o professor. Não tem como compará-los dizendo: “no meu tempo não era assim.” E não era mesmo! É uma realidade sem volta. Ele precisa de parceiros para aprimorar e filtrar as informações e partir para a resolução de problemas. É urgente que o professor busque alternativas, estude, se aperfeiçoe, e faça da tecnologia uma aliada, educando para o uso saudável das ferramentas dentro e fora das salas de aula, desenvolvendo a criticidade e a criatividade. É disso que nossas crianças e jovens precisam.
É urgente que a escola crie infraestrutura adequada e propicie condições para o aperfeiçoamento dos mestres, adaptando-se ao novo estilo de educação, porque logo surgirá uma nova geração, mais autônoma e com mais facilidade ainda. De forma criativa deve o professor estimular o interesse e engajar o estudante dentro das suas características.
A escola precisa ser inovadora, não para trabalhar a mudança, mas acompanhar a mudança, porque o cidadão do século XXI já é a MUDANÇA que tanto esperávamos.