Ao menos 25 pessoas foram mortas durante uma ação contra um grupo especializado em roubo a bancos em Minas Gerais
A Polícia de Minas Gerais acredita que o grupo morto durante um confronto neste domingo, 31, tem relação com o assalto que aterrorizou Criciúma, em novembro do ano passado. Ao todo, 25 pessoas foram mortas na ação contra uma quadrilha especializada em assalto a bancos em Varginha, no Sul de Minas.
“Eu acredito pela assinatura, pelo planejamento deles, que possa ser a mesma quadrilha que tenha operado em Uberaba MG), Criciúma (SC) e Araçatuba (SP), pela quantidade de agentes e veículos utilizados. Um aspecto que chama atenção é que na ocorrência de Araçatuba, os veículos foram pintados de preto e o comboio era feito com os pisca alertas ligados. Um dos veículos nessa ação já estava sendo pintado com tinta preta e foram encontrados em um sítio vários sprays de tinta preta, ou seja, muito parecido com a última ação”, disse o comandante do Batalhão de Operações Especias (Bope), tenente-coronel Rodolfo César Morotti Fernandes, durante coletiva de imprensa.
Em nota, a PM de Santa Catarina disse que ainda não foi informada oficialmente sobre a relação entre os dois casos. A Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São José, que apura o caso de novembro do ano passado no Sul de SC, não deu retorno.
Grupo realizaria novo ataque
Ainda segundo a polícia mineira, a quadrilha se preparava para atacar um centro de distribuição de valores do Banco do Brasil, em Varginha. Com eles, foram apreendidas várias armas, consideradas como armamento de guerra pela equipe. A abordagem do Bope ocorreu durante a madrugada, com ajuda da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Os confrontos com os homens ocorreram em dois sítios diferentes localizados em duas saídas de Varginha. Na primeira, os suspeitos atacaram as equipes da PRF e da PM, sendo que 18 criminosos morreram no local. Em uma segunda chácara, conforme a PRF, foi encontrada outra parte da quadrilha e neste local, após intensa troca de tiros, sete suspeitos morreram.
Conforme o Bope, alguns dos suspeitos chegaram a ser socorridos com vida, mas não resistiram. Nenhum policial ou civil ficou ferido na ação. Ao todo, 25 pessoas, que não foram identificadas, morreram.
“O criminoso ele por vezes deixa uma assinatura, seja o modus operandis, o modo dele de agir, o planejamento, a característica dos veículos. No caso ali nós podemos citar as vestes e calçados táticos, coletes, o calibre do armamento utilizado, e inclusive nos explosivos apreendidos em um dos sítios. A nossa equipe de esquadrão antibombas conseguiu localizar essa assinatura nos explosivos, ou seja, a forma de produção dos metalons, a chapa utilizada, o cordel detonante utilizado, isso tudo indica ser a mesma quadrilha”, disse o comandante do Bope.
Relembre o assalto de Criciúma
O assalto ao Banco do Brasil em Criciúma ocorreu no dia 30 de novembro de 2020. Segundo a polícia, ao menos 30 pessoas, com dez automóveis e armamento de calibre exclusivo das Forças Armadas, invadiram a cidade e causaram terror aos moradores no que é considerado o maior roubo do tipo no Estado.
Armados, os suspeitos atacaram o 9º Batalhão da Polícia Militar com tiros nas janelas, bloqueio na saída com um caminhão em chamas e explosão acionada por celular. Pessoas também foram feitas de refém. Ao todo, a ação durou duas horas. Além disso, houve troca de tiros entre a polícia e os criminosos, onde um policial militar foi baleado e ficou gravemente ferido.
Com informações do site NSC Total