Um grupo de amigos uniu-se em 2012 para uma prática pouco comum na região Sul de Santa de Santa Catarina: produzir uma web série independente. O projeto, apesar de ousado, tem dado certo. A equipe, composta por 11 jovens com idade entre 25 e 30 anos, levou a ideia a sério e, graças ao comprometimento de quem a faz e a patrocínios locais, 30% das cenas já foram gravadas.
No entanto, para concluir o seriado, os produtores lançaram há duas semana a campanha no Catarse, site de arrecadação de financiamento coletivo, uma ferramenta utilizada para viabilizar projetos culturais, tecnológicos, de impacto social etc. Conforme informações do próprio site, o objetivo é que “iniciativas inovadoras, criativas e ambiciosas se tornem realidade a partir da colaboração direta de pessoas que se identificam com elas”.
O diretor, roteirista e editor da web série, Áthila Mattei, destaca a relevância das contribuições. “É importante, neste momento, que as pessoas colaborem com o nosso projeto, pois estamos lançando a base, na área cultural, de algo inovador em nossa região e seria legal que todos fizessem parte disso. Nosso projeto possui vários talentos, abrange diversas áreas e pessoas. Contribuir com qualquer valor, ajudar na divulgação é importante para a nossa equipe nos próximos dias. Faça parte desta história com a gente!”.
A temática abordada na web série é apocalipse, mistério, zumbis e sobrevivência. O seriado mostra o Brasil devastado por um vírus Zumbi de origem aparentemente desconhecida. Ele será composto por 13 episódios de 40 minutos. As filmagens apresentam um lado misterioso das belas paisagens da Serra do Rio do Rastro. Para garantir o clima de suspense, são explorados ainda efeitos e maquiagens.
Caso a campanha de financiamento tenha êxito, o lançamento será realizado em 2016, de 15 em 15 dias, sem interrupções, aos domingos. Os membros da equipe têm outras profissões e levam o Protocolo 43 como um hobby. Dessa forma, a produção ocorre nas horas vagas e fins de semana. Tendo em vista os esforços para que o projeto seja realizado, o ator Rodrigo Hilbert, natural de Orleans, incentiva o financiamento do Protocolo 43 (assista ao vídeo).
Os apoios podem ser realizados através deste link. A web série conta ainda com site oficial, fan-page no facebook e canal no Youtube.
Orçamento
Os organizadores divulgaram o orçamento para quem os interessados em apoiar tenham conhecimento (veja na imagem abaixo). O valor total é de R$ 28.500. Até o momento, foram arrecadados R$ 2.605, 9% da meta, através de 28 apoios.
Restam ainda 47 dias para contribuir, encerrando a campanha no dia 9 de junho. Os custos dividem-se em equipamentos técnicos; alimentação; transporte, equipamentos e pessoas; figurino; efeitos e maquiagem; divulgação; recompensas e taxa Catarse.
No site, há opções de valor e recompensas para quem colaborar. O apoio pode ser realizado por cartão de credito ou boleto bancário. Caso o valor total seja atingido, o dinheiro será utilizado para a viabilização do projeto. Caso contrário, o doador recebe de volta 100% do que pagou através de um reembolso.
Trama
Após a terceira semana do evento apocalíptico, inicia-se a história no Brasil, na Serra Catarinense, onde os sobreviventes, sem pouco saber o que está acontecendo, decidem sair dos grandes centros para buscar proteção em locais isolados nas zonas rurais.
No decorrer da série, vão se apresentando as dificuldades em viver em uma região desconhecida, em uma casa abandonada no interior de Bom Jardim da Serra, com todas as adversidades trazidas pelo apocalipse.
Com poucos mantimentos, poucos recursos, sem comunicação, sem energia, sem conhecimento sobre o que está realmente acontecendo e com a maioria das estradas bloqueadas pelo governo, eles precisam se dividir em funções para sobreviver.
Diante dessas condições, a trama apresenta a idealização de um plano elaborado pelo líder do grupo, Vítor, que consiste em viver naquela região da serra com base na energia provinda das usinas eólicas, presentes na região.
O foco da trama se inicia a partir do momento em que Vítor consegue restabelecer a energia do local e resgata Christine, sobrevivente de um acidente de carro. Ele a leva desacordada para o sítio onde estão os demais sobreviventes. A trama passa a se desenrolar a partir do momento em que o passado desta sobrevivente se torna uma incógnita para o grupo.
Não somente a própria convivência e a falta de recursos é uma ameaça, como eles também precisam lutar contra os humanos que foram infectados por este vírus e vagam inconscientes pelas estradas e demais cidades, portando uma espécie de raiva e fome demasiada por carne.
Produção
Áthila Mattei – diretor, roteirista e editor
Daniela Nagel – direção de maquiagem
Darlan Coan – assistente de direção, produtor geral
Douglas Dias – assistente de produção
Fernando Mazon – trilha sonora
Jaison Niehues – TI, marketing e criação
Nicola Patel – assistente de direção, assistência jurídica
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