Movimento de pressão é para que Governo do Estado apresente proposta à categoria.
Fechando uma semana bastante intensa de mobilização dos professores da rede estadual de ensino, os docentes realizaram uma manifestação na Praça Nereu Ramos, em frente à Catedral São José. Eles entregaram panfletos às pessoas que passavam pelo calçadão e que explicaram os motivos que os levam a mobilizar-se contra o Governo do Estado. “Eu acho a classe dos professores um exemplo. É importante quando estamos lutando por um direito. O piso salarial é um direito deles e acho que devem continuar lutando”, ressaltou a professora aposentada Clarice Silva Cardoso ao ser abordada pelos docentes.
De acordo com a coordenadora regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Cintia dos Santos, é importante que a população conheça a reivindicação da categoria. “Queremos que as pessoas, pais e alunos estejam conosco por uma Educação mais digna”, disse ela. “Não queremos a greve. Essa é a nossa última opção quando iniciamos uma campanha salarial, mas se o Governo não nos dá opção, infelizmente teremos de entrar em greve”, completou.
Nesta sexta-feira, como parte das manifestações, os professores deram aulas de apenas 30 minutos. Aguardando por uma posição da Secretaria de Estado de Educação, o que deve ser oficializado somente na segunda-feira, a categoria avaliou a semana como positiva. “Nossa assembleia estadual será na terça-feira, dia 17, e lá vamos estudar a proposta do Governo e definir os próximos passos”, explicou Cintia.
Ela acredita que uma nova greve seria bastante prejudicial ao Governo. “Eles não querem pagar o piso salarial nacional e ainda acabaram com o nosso plano de carreira. Nenhuma proposta oficial chegou para nós. Quando chegar, vamos analisar, mas não acredito que venha algo concreto e que atenda nossos anseios”, argumentou a coordenadora regional do Sinte.
Três ônibus devem partir de Criciúma na próxima terça-feira para participar da assembleia estadual em Florianópolis. Mais informações podem ser obtidas na sede regional do Sinte, pelos telefones (48) 3437-7688 e (48) 3442-0068.
Engeplus – Nícola Martins