Educação

Professores estaduais em greve fecham a BR-101 em protesto

Foto: João Salgado/RBS TV/G1 SC

Foto: João Salgado/RBS TV/G1 SC

Professores em greve bloquearam a BR-101 por volta das 18h05 dessa quinta-feira (14). Eles fecharam o trecho no km 193, em Biguaçu, na Grande Florianópolis, em frente ao centro de eventos onde foi realizada uma  assembleia da categoria durante a tarde, que definiu pela continuidade da paralisação. A mobilização durou cerca de 10 minutos.

Cerca de mil pessoas participaram do ato. Os manifestantes  queimaram um boneco durante o ato, que segundo eles, representava o secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps.

Os grevistas informaram que o fechamento da rodovia é para protestar contra a falta de garantias por parte do governo. Segundo a assessoria de imprensa do Sinte, a única garantia foi a anistia de faltas. Os pontos sobre carreira do magistério e regência de classe não avançaram.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que às 18h30, os manifestantes ocupavam somente a marginal do sentido Sul da BR-101 e a rodovia estava liberada. Os grevistas seguiam para outra assembleia, às 19h30, para debater os rumos do movimento.

Posicionamento do governo

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação lamentou a continuidade da greve. Conforme o órgão, apenas 10% dos professores estão parados.

"Nesta semana, o governo do estado atendeu diversas demandas do sindicato na expectativa de que esse gesto de boa vontade garantiria o retorno às atividades para o bem dos estudantes catarinenses", informou.

De acordo com a Secretaria, nesta sexta-feira (15), deve ocorrer uma reunião entre a SED e a Comissão de Negociação do Estado (Coner), para definir as ações que serão tomadas para "minimizar os prejuízos aos estudantes".

Sinte decide manter a greve

Em assembleia, os professores estaduais decidiram no final da tarde desta quinta-feira (14), manter a greve que começou em 24 de março. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino do Estado de Santa Catarina (Sinte-SC), cerca de 2 mil professores participaram da reunião e votaram pela continuidade da paralisação.

Na terça-feira (12), os professores e o Governo de Santa Catarina realizaram uma nova mesa de negociações. Houve acordo em alguns pontos e discórdia em outros, segundo as duas instituições. A proposta apresentada pelo governo na ocasião foi avaliada pela categoria na assembleia extraordinária desta quinta, que iniciou às 14h.

Segundo a assessoria de imprensa do Sinte-SC, a categoria decidiu pela continuidade da greve, pois o governo não deu garantias em relação às solicitações, apenas a anistia das faltas de movimentos grevistas de 2012 a 2014 e da atual greve.

A greve começou no dia 24 de março, mas as manifestações se iniciaram um mês antes. A principal reivindicação é o plano de carreira da categoria.

Ocupação

Mesmo com a realização da assembleia, na tarde desta quinta-feira (12), alguns professores ainda estavam acampados no saguão da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) e outros em frente à Secretaria de Estado da Educação. Os dois locais ficam no Centro da capital. Segundo o Sinte-SC, o acampamento deve continuar.

Em  28 de abril, os professores estaduais voltaram a ocupar pela segunda vez a Alesc, em protesto. No início de abril, os grevistas fizeram o mesmo tipo de protesto. Eles dormiram no saguão da assembleia nas noites dos dias 7 e 8 de abril e saíram no dia 9, quando o governo anunciou a revogação da Medida Provisória 198/2015, que foi revogada. Ela alterava a forma de pagamento dos professores temporários.

Com informações do site G1 SC