Eles pedem o pagamento imediato do novo reajuste de 22% dado ao piso nacional do magistério.
Os professores da rede estadual afirmaram que entrarão em greve a partir do dia 17 de abril, caso o governo não apresente uma proposta salarial à categoria, na próxima segunda-feira. A informação foi repassada, nesta quarta-feira, pela coordenadora do sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Alvete Bedin.
De acordo com ela, na última assembleia estadual, em 15 de março, os docentes rejeitaram a proposta apresentada pelo governo e deram um prazo, até ontem, para que outra fosse apresentada.
— O prazo esgotou e recebemos um ofício do governo marcando uma reunião para a próxima segunda-feira, dia 2, na Secretaria de Estado da Educação. Esperamos nesse encontro ele nos apresente algo. Senão, a partir do dia 17 de abril entraremos em greve — afirmou Alvete.
Caso seja apresentado uma proposta salarial, ela será analisada em assembleias regionais, marcadas para a próxima semana.
O impasse começou no final de fevereiro, quando foi anunciado o novo reajuste do piso, em 22%. Ele passou de R$ 1.187 para R$ 1.451. Às vésperas da assembleia estadual, o secretário da Educação, Eduardo Deschamps, apresentou um proposta de pagamento do valor atualizado.
O piso seria pago, a partir deste mês, para os cerca de 30 mil professores que não recebem o valor no salário base. Os outros 30 mil teriam o reajuste de 22% repassados em parcelas. A primeira, de 8%, foi dada esse ano a todos os servidores do Estado, inclusive aos docentes. Os outros 14% seriam divididos em 2013 e em 2014.
Os professores não concordaram com isso, porque achata ainda mais a tabela salarial da categoria. Eles pedem o pagamento imediato de 22% para todos os cerca de 60 mil docentes.
Diário Catarinense